sábado, 12 de dezembro de 2015


Uma educação pública integral de qualidade ainda é um sonho. Mas sua busca incentiva educadores a promoverem mudanças e mobilizar a comunidade para abraçar esta causa. A trajetória da educação brasileira ao longo da história nos mostra que a sociedade quer mudança, apesar de muitas vezes não se reconhecerem como parte integrante destas transformações. As pessoas buscam qualidade de vida, porém não traduzem essa necessidade em atitudes que contribuem para alcançá-la. 
Somente com educação um povo poderá exercer seus direitos, desenvolver seu pensamento crítico e criar as soluções para minimizar o problemas sociais.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Interdisciplinas e Interdisciplinaridade: um caminho convergente.

Na prática pedagógica, a interdisciplinaridade expressa a diversidade de relações, de interpretações, de vivências e de conhecimentos humanos. Este conceito é desenvolvido nas Interdisciplinas do PEAD, onde os conteúdos se completam e se entrelaçam a todo momento.
Existe um diálogo entre as interdisciplinas. É possível reconhecer neste movimento o objetivo de ampliar os conhecimentos do nosso objeto de estudo, que é a educação.
Esta nova realidade nos faz repensar nossa prática, reconhecendo nas relações interdisciplinares a base para um ensino e aprendizagem criativo, que busque levar o aluno a conhecer o mundo e a si mesmo, dando subsídios para que ele possa agir de forma consciente e responsável.
Nas interdisciplinas do PEAD, estabelecemos relações que nos fazem mergulhar em um mundo de reflexões, que muitas vezes nos levam a questionamentos que não faríamos em outros tempos. Reconhecer nossa realidade nem sempre é fácil, repensar nossa prática, ter maior coerência com nossas novas aprendizagem e construir diferentes estratégias pedagógicas deverão ser consequência natural ao longo desta caminhada, procurando tornar os conteúdos que trabalhamos mais significativos, para que o aluno possa associá-los em sua “leitura do mundo”.
Desta forma, o ensino interdisciplinar em qualquer modalidade de ensino, permite ao aluno perceber que existe uma estreita ligação de dependência entre os conteúdos e sua relação com o meio e as ideias construídas. A partir daí, é possível promover a compreensão das relações entre tempos e espaços.

sábado, 28 de novembro de 2015


Manifesto dos Pioneiros da Educação : Valorização do direito social


       O “ Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova – A reconstrução educacional do Brasil ao povo e ao governo” foi um documento escrito por 26 educadores e lançado em 1932 com o objetivo de indicar novos caminhos para as políticas públicas de educação, com um plano de ação nacional para estruturação do sistema educacional, servindo de base para discussões e reflexões da realidade social e política da época.
      Este documento foi um marco na educação brasileira. Através dele, a ideia de escola para todos começou a ser defendida, fomentando o debate do acesso à educação para todos.
       A democratização do ensino defendida pelo manifesto rompe com velhas estruturas, que vão além dos limites de classe, promovendo igualdade de acesso e oportunizando um sistema unificado, tendo o estado como eixo maior na educação do povo.
      O manifesto expressava a liberdade, valorizando o cidadão em sua personalidade individual e livre, e que encontrasse na escola a posição de neutralidade necessária para formar pessoas críticas, capazes de refletir e interagir com ações efetivas para a renovação da sociedade.

    Portanto, o manifesto representa a valorização do direito social, sendo um porta-voz da sociedade na luta pela garantia das suas instituições e pela manutenção de uma educação popular igualitária acessível a todos.


quarta-feira, 18 de novembro de 2015



Criança e Adulto, todos cidadãos

Podemos aprender com as crianças, dando voz a elas. As crianças são vistas como seres inacabados, incompletos com potencial que só se completará quando ficarem adultas.
Quando as crianças forem realmente enxergadas como essencialmente são, participaremos do seu mundo rico de ideias e mantendo uma convivência inspiradora.
A diferença entre adultos e crianças foi estudada e discutida ao longo dos séculos, onde as características de criança, como fragilidade física e moral, geraram atitudes de isolamento e ignorância.
Quando a infância deixou de ser vista como o “tempo de passagem”, mas como parte da estrutura de sociedade, no final do século XX, um novo olhar foi direcionado a esta etapa. A criança começou a ser ouvida, e questões que afetam seu desenvolvimento e seus direitos, começaram a ser discutidas pela sociedade e pela escola.
A escola é o elo da criança com o seu saber no mundo. A escola precisa reconhecer na criança um cidadão, membro de um grupo, com ideias que precisam ser ouvidas, consideradas e questionadas.

Então, o que afinal podemos aprender com as crianças? Podemos aprender a caminhar juntos, valorizar as pequenas descobertas, e o valor vital do tempo.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015


Outras Linguagens no Processo  de Alfabetização

A criança ao estabelecer forma de interação com o outro e com objetos ela  está explorando outras linguagens no processo de alfabetização.
                       
  Através destas interações é que a criança compreende ideias, sentimentos e organiza seu pensamento. No ambiente alfabetizador, o desenho, a brincadeira, a pintura, o movimento, etc. , são algumas formas de linguagens possíveis de se explorar para que a criança construa novos significados e símbolos. Tudo isto irá orientar os comportamentos que ela irá desenvolver, seus sentimentos, construções e interações com o outro, estabelecendo o seu estar no mundo. Este processo de construção da linguagem é dinâmico, a todo momento, sendo influenciado pelo meio em que a criança está inserida e pelo compartilhamento de informações que acontece naturalmente neste processo.

Portanto, as interações com a palavra, a corporeidade, a arte, as expressões culturais e infinitas outras ações,  dão a base para a criança explorar e decifrar um mundo de significados no meio em que vive.


sábado, 7 de novembro de 2015

LITERATURA  E REFLEXÃO


A literatura infantil é um  excelente material de apoio para o professor em sala de aula. Quando o tema abordado se trata das diferenças, por exemplo, os livros infantis são instrumentos valiosos de reflexão, pois através de suas histórias, ao mesmo tempo que transportam as crianças para o mundo lúdico, do imaginário, tem também a função de, através do enredo e seus exemplos, fazer os leitores refletirem sobre a tolerância, em relação às diferenças entre todos os seres humanos.

O professor tem vasto  horizonte a ser explorado, pois a literatura tem um alcance  profundo na nossa percepção, e os personagens das histórias tornam-se exemplos a serem analisados e debatidos com os leitores, estimulando seu pensamento crítico e imaginação.

domingo, 25 de outubro de 2015


Ambiente Alfabetizador

A escola é o local onde a maioria das crianças passa boa parte de seu tempo. Sendo assim, precisa ser acolhedor, afetivo e alfabetizador , promovendo a aprendizagem e a socialização das crianças.

Projeto : Valorizando nossa Escola da EMEF Albino Dias de Melo


A sala de aula organizada  pelo professor proporciona um ambiente pedagógico, mas não é o único que deve ter esta função no espaço escolar. A escola é rica de possibilidades como a biblioteca, refeitório, pátio, laboratório etc. Esses e outros ambientes podem e devem ser explorados pelo aluno, que ao  elaborar significados e interações está construindo o  conhecimento.

Preparando a EMEF Albino Dias de Melo para comemorar a Páscoa

segunda-feira, 19 de outubro de 2015



Freud e a Educação 


Os estudos de Freud  do inconsciente humano  abriu um campo desconhecido para análise, baseando-se  na premissa de que não se pode dissociar o estudo do corpo , do estudo da mente.
Aplicando os conhecimentos de Freud na educação  foi possível formular interpretações  do efeito dos processos educacionais sobre a personalidade em formação dos novos indivíduos. Por mais que os processos de aprendizagem sejam padronizados, cada criança tem uma resposta individualizada a partir dos estímulos dados ao seu inconsciente.

         As emoções   passaram a ter um papel fundamental como um dos principais elementos que influenciam a aprendizagem da criança. É importante que o Educador seja psicanaliticamente orientado, para que encaminhe seu aluno na busca do equilíbrio entre o prazer individual( prazer sexual) e as necessidades sociais. O educador precisa interagir com estes alunos, de forma que a repressão e a punição não interfiram no processo de desenvolvimento do educando. Freud  trouxe também para a educação a necessidade de se estabelecer com o aluno  relações de “transparência”, onde o aluno se sinta seguro para questionar, falar e desenvolver sua aprendizagem.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Liquidez  na Modernidade

O que seria  Modernidade Líquida? O termo é usado pelo autor Zygmunt Bauman para explicar as características da pós-modernidade, onde as relações podem se desfazer a qualquer momento, devido à constante insatisfação do ser humano.
O pós-modernismo é uma época de individualismo, apesar das informações serem difundidas, a superficialidade impera. O ser humano está em constante transformação, procurando  ficar  sempre a frente de si mesmo para acompanhar a rapidez dos acontecimentos, o que muitas vezes o torna indiferente diante da grande gama de informações.
É uma cultura de descontinuidade em contraponto com a época anterior onde  os referenciais eram fixos e imutáveis.
O novo mundo nos traz a incerteza do futuro. A sociedade em constante mudança sofre influência do imediatismo, onde tudo é efêmero, prevalecendo relações e bens descartáveis.

Zygmunt Bauman




“Nenhuma sociedade que esquece a arte de questionar pode esperar encontrar respostas para os problemas que as afligem.”


domingo, 4 de outubro de 2015

Seminário  Integrador : Encontro Presencial
No dia 28 de setembro a turma C do PEAD  se encontrou com a Professora Cíntia e as tutoras para participar de atividades presenciais, momento único  de convívio social e cultural proporcionado  pelo ambiente universitário.
Como é importante termos este ponto de referência, um apoio, que podemos  chamar de bússola(uma alusão à criada no PBWORKS). São nestes momentos que construímos elos, trocas e eixos de ligação entre as interdisciplinas. Com a  professora e as tutoras nossas angústias se tornam menores , e ver que minhas colegas tem tantas quanto eu é reconfortante.

É muito importante percebermos que não estamos sozinhas nesta jornada. Vejo estes encontros  presenciais  do Seminário  Integrador como uma terapia, onde organizamos nossa estrutura e saímos com nossas baterias recarregadas para mais uma caminhada.

sábado, 26 de setembro de 2015

Aprendizagem  com  afeto

Como diz Paulo Freire “Não se pode falar de Educação  sem amor”. Acredito que a partir desta fala devemos  basear a construção da aprendizagem e da autoestima  de nossos alunos. Com respeito mutuo,  a relação educador e educando  ajuda o aluno a tomar consciência de si e do outro.
O professor é a mola mestra  neste processo de educar verdadeiramente. Dentro de um processo democrático podemos  oferece  várias ferramentas  ao  aluno para que ele possa escolher seu próprio caminho. O afeto precisa fazer parte deste processo, pois a alegria de aprender  pode ser descoberta com um  professor que tem alegria de ensinar. Muitas vezes  são das relações que construímos com nossos alunos que surgem nossos maiores aprendizados. Dar segurança  a um aluno no seu caminho para  aprendizagem é uma das belezas de nossa profissão, despertando  nele o prazer da descoberta.




Educação a  Distância : minha nova realidade

Hoje a educação á distância faz parte de meu cotidiano, foi uma alternativa que encontrei para adaptar uma segunda graduação  ao meu dia a dia. A escolha da Universidade foi difícil pois para  que este estudo  tenha valor é preciso ter enfoque na qualidade e adaptar o modelo do curso oferecido a minha realidade. Logo percebi que comprometimento,  responsabilidade e disciplina precisavam  permear o planejamento de meus estudos. Algumas coisas que aprendi a força é nunca  deixar o material de leitura acumular. Se isso acontecer,  uma  lacuna  vai se abrir e a compreensão do conteúdo ficará comprometida em algum momento do semestre. Outro ponto importante nesta caminhada  foi minha l inclusão digital, quantos desafios!!!As novas tecnologias me obrigaram a  mergulhar no mundo digital, degraus que ainda estou subindo devagar, mas acredito que vou chegar lá.
O mito  de que a graduação a distância era mais fácil caiu por terra. Percebi que é tão ou mais exigente  que a presencial. Algumas vezes,  pode ser até mais difícil pelo  acúmulo de conteúdos cobrados   além da constante interação que se faz necessária nos fóruns de discussão das interdisciplinas.

Enfim, é um grande desafio. Um processo longo de ajustes de rotina, tempo e acima de tudo vontade de chegar lá e  atingir meus objetivos de me tornar uma profissional mais preparada para os desafios de minha profissão.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Mídia : bombardeando as infâncias

No dia  a dia das crianças elas são expostas a mensagens nos diversos veículos de comunicação, que chegam a ser um bombardeio de informações, imagens maravilhosas de encantamento e um mundo de possibilidades, com uma linguagem de autoridade  como se a criança devesse consumir  o que lhe é mostrado para satisfazer suas necessidades.
            Anúncios como de produtos que tiram a criança da apatia, como se o consumo do produto fosse o suficiente para ter estímulo e energia. Outro exemplo é a imensa exposição dos personagens da Disney “As princesas” em todos os veículos de comunicação, assim como em materiais escolares, revistas, livros de pintura etc. A imagem das princesas leva a criança a pensar que a vida é um conto de fadas, que são inatingíveis e que  a felicidade plena é possível.
            Não é possível proibir a vinculação dos anúncios, mas cabe a família discutir este assunto com as crianças mostrando que a felicidade e a satisfação não estão vinculadas a compra de um brinquedo, um produto anunciado com uma situação de extrema felicidade. Não podemos criar uma criança em uma redoma, mas é preciso prepará-la para fazer boas escolhas.

A  família, a escola e a sociedade em geral precisam debater este assunto com  informações, pesquisas, estudos que orientem o caminho a seguir desenvolvendo nas crianças o senso crítico, para tornarem-se adolescentes e adultos conscientes...

sábado, 19 de setembro de 2015

PROVOCANDO MEMÓRIAS
Nossa vida tem vários elementos que provocam nossa lembrança, como objetos, pessoas, sensações, cheiros, gostos...são testemunhas de nossas vivências  e estão ligadas a experiências significativas para nós.
Nossa memória é como um documento que guarda nossas impressões, informações que interpretamos como passado. Mas nossa memória pode ser nossa aliada, a partir do momento que precisamos esquecer algo que nos fez mal, se tornando seletiva, não trazendo a  tona aquela dor, deixando ela guardada em uma  “gaveta” para que seja possível seguirmos em frente.

Guardar informações  nos faz construir significados, cognitivos e afetivos. Através de nossa memória é possível revisitar o passado para analisar o presente e projetar o futuro.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Minhas vivências com alfabetização
Minha formação é em matemática, trabalho em sala de aula atualmente com turmas de EJA com média de idade de 17 anos, no turno da noite. Nos turnos manhã e tarde como trabalho no setor administrativo, substituo com frequência os professores ausentes inclusive os das séries iniciais. Portanto, posso dizer que trabalho com alunos de 6 a 14 anos. Como meu trabalho é esporádico com as turmas, não é possível fazer um acompanhamento, mas aproveito minhas experiências e impressões para discutir com os professores titulares  das turmas as intervenções que fiz e possibilidades a serem trabalhadas.


Algumas situações me inquietam no processo de alfabetização, que é o principal passo na  vida escolar de uma criança,  a incapacidade que sinto frente a situações que muitas vezes não dependem das nossas ações. Percebemos que as dificuldades de aprendizagem que alguns alunos apresentam são em grande parte do seu contexto de vida, do meio em que vivem. Podemos minimizá-las, mas não resolvê-las. Como acompanho muitos alunos no decorrer dos anos que trabalho na mesma escola, percebo que a situação do seu contexto familiar vai acompanhá-lo  na sua vida escolar e de certa forma dificultar seu pleno desenvolvimento. Gostaria de encontrar formas de oportunizar aos alunos experiências práticas para contribuir realmente na superação de suas dificuldades de compreensão e comunicação que são tão necessárias  no mundo atual.

segunda-feira, 31 de agosto de 2015


APRESENTAÇÃO DO WORKSHOP

Apresentar minhas conclusões e relações estabelecidas entre minhas experiências profissionais e as teorias desenvolvidas ao longo do semestre foi um desafio. 

Mas relacionar as  informações e criar um documento que retrata minhas aprendizagens e ideias, sem dúvida, promoveu uma desacomodação e uma evolução no meu processo de construção do conhecimento, permeado por angústias e dúvidas de qual caminho seguir.
Além da aprendizagem que desenvolvi ao longo do processo da construção do meu trabalho, é importante ressaltar que conhecer outras realidades, valores, culturas e diversos saberes que me foram apresentados ao assistir o trabalho das colegas do PEAD, transcendeu a construção do conhecimento e reestruturou minhas reflexões sobre a prática educativa.

Trocando experiências, construímos novas aprendizagens.


domingo, 30 de agosto de 2015


CONSTRUINDO APRENDIZAGENS COM A SÍNTESE REFLEXIVA

A elaboração do texto que refletiu minhas construções ao longo do semestre me possibilitou perceber o quanto me envolvi e aprendi com minhas experiências.
As transformações pelas quais passei, me deram  estrutura para  fazer  as relações necessárias entre as interdisciplinas, trazendo minha prática à luz dos conteúdos trabalhados, evidenciando  novas perspectivas teóricas. Como exemplo as interações  que realizamos para construir a aprendizagem, nosso lugar no mundo e na sociedade e as estruturas necessárias para compor as práticas realizadas em nossa escola.

Elaborar um texto exige análises profundas, além da necessidade de reflexão e reorganização das informações que temos. Significa estabelecer conexões para que nossas palavras mostrem ao leitor, o aprofundamento e a compreensão que ocorreu a partir de nossas experiências.
Dados de Identificação do meu trabalho

quinta-feira, 27 de agosto de 2015


Preparação do Workshop de Avaliação : 
caminho de aprendizagens.           

Construir ideias e estabelecer relações foram as  bases para a organização do Workshop de avaliação. Neste processo, pude dar significado às ações estabelecidas no meu ambiente de trabalho, através da base teórica e das reflexões que estabeleci no primeiro semestre. Com todas as dificuldades, angústias e dúvidas que tive, uma certeza se fez presente: a de que na minha vivência profissional, a ação do olhar sobre minha realidade precisaria ser refletida na essência do meu trabalho.

            Aprendi, neste período conturbado, que sou capaz e, ao escutar a mim mesma, encontrei as respostas necessárias para dar sentido e conectar as ideias, aplicando-as em uma realidade significativa onde a escola precisa acontecer.

Aprendemos com os significados da vida

domingo, 19 de julho de 2015



Organizando o tempo

Um grande desafio, com certeza, é organizar o nosso tempo. Mas como estabelecer prioridades e me dedicar ao que realmente é importante.
Neste semestre a primeira dificuldade que encontrei foi me organizar dentro do pouco  tempo que achava que tinha. Construindo a tabela de organização do tempo na interdisciplina do Seminário Integrador foi possível visualizar momentos em que poderia me dedicar aos estudos e parar de encontrar desculpas para não fazê-lo.

Ainda tenho dificuldades, mas estou aprendendo a ter foco, estabelecendo os objetivos que quero atingir.

Corporeidade na Escola

Atividades  para desenvolvimento da expressão corporal - 2ª série
Uma das mais importantes interações do ser humano é feita através da linguagem, tanto corporal como falada. Vivenciar a corporeidade inclui percepção do ambiente, sentindo e vivenciando todo universo de possibilidades que a relação do eu com o outro torna concreta.
A consciência corporal se desenvolve nas crianças aos poucos, ações que eram feitas por reflexo se tornam conscientes, surgindo assim a linguagem e as funções cognitivas que juntamente com toda estrutura corporal se relaciona com o mundo, construindo redes de relações dando suporte para a aprendizagem. 

sexta-feira, 17 de julho de 2015



Ensinamentos de um Mestre



                       Acredito que a   relação entre o ensinar e aprender é a base para se estabelecer um  diálogo educativo, onde professor e aluno aprendem e ensinam.
                Na dinâmica do ensinar, tanto o Professor quanto o aluno precisam estar abertos a mudanças, estabelecendo uma relação de respeito e solidariedade dentro e fora da sala de aula. O desafio e o gosto pelo aprender deve  ser construído no dia a dia, estimulado pelo professor, que organiza um ambiente fecundo para que ocorra esta construção, de forma a interagir no conhecimento  estabelecendo pontes de saber entre as disciplinas.

                Ser professor é ser um eterno aprendente, com alegria, estimulando a reflexão, os questionamentos e dando oportunidade aos alunos de fazerem parte deste processo; é perceber que a  aprendizagem desestrutura, desacomoda para construir novas  relações no sistema ensino e aprendizagem.

quarta-feira, 15 de julho de 2015






Construção do Portfólio de Aprendizagem

Com o desafio do portfólio, pude aprimorar minhas habilidades com novas vivências e possibilidades de crescimento profissional. Na busca de uma prática de qualidade, encontrei nos enfoques dados pelas interdisciplinas do curso, caminhos para construir meus relatos e  um espaço de reflexão dentro de minha profissão.
É necessário que tenhamos um espaço para estimular questionamentos e registros de etapas de observação e de trabalho, onde podemos expor nossas ideias e elaborar uma  avaliação dinâmica do seu  desenvolvimento.

                                    

terça-feira, 14 de julho de 2015





Apresentação Workshop : Noite de Emoção e Aprendizado


Workshop de Apresentação foi a finalização de uma etapa de  desafios que realizei neste semestre, construí novos significados na minha aprendizagem e evolui como profissional, percebi que quanto mais se reflete sobre a realidade mais nos tornamos conscientes das intervenções que precisamos ter para mudá-la.
Nossos encontros e estudos foram marcados por momentos de insegurança e de questionamento, mas também pela autonomia que se efetivou com o respeito dado a nossas ideias e ideais.
Agradeço a todos que contribuíram com a minha evolução profissional e pessoal, aos Professores  e tutoras, em especial a Professora Cíntia e a Tutora Gi pelo apoio neste dia muito especial, onde aprendi muito com minhas colegas que compartilharam suas experiências com o grupo. 

sábado, 4 de julho de 2015


Crescendo com a diversidade

Trabalhar com a diversidade na escola é um desafio,  principalmente porque a escola reflete a sua comunidade escolar, e nela encontramos várias culturas. Em nossa escola, no ano de 2014 realizamos o Projeto Diversidades onde foi trabalhado as diversas etnias que colonizaram nosso país, sua cultura, adaptação e contribuição na realidade brasileira e sua evolução ao longo do tempo.
O objetivo deste trabalho foi mostrar a importância de cada povo, sua identidade, realizar a troca de experiências para promover o enriquecimento cultural de cada um. Também foi, ressignificar a  aprendizagem, fazendo com que os alunos se sintam personagens de sua construção, fazendo parte de um todo, de uma sociedade que os respeita e de uma comunidade que tem seu valor cultural e regional.

Fotos  "Projeto Diversidades" 
Cultura Africana
Cultura Indígena

segunda-feira, 22 de junho de 2015


Reflexões sobre o texto:   “Ações Coletivas e Conhecimento: Outras Pedagogias?”    de Miguel  Arroyo

A segregação cultural impulsionou os movimentos populares, reestruturando grupos que estabeleceram novas formas de pensar se apropriando da cultura acumulada historicamente reorganizando de forma crítica e emancipadora a interiorização do saber, e para além disso estabelecendo um sistema que garanta seu direito à educação e ao conhecimento.
Esta luta se difunde por todas as memórias da sociedade como indígenas, comunidades do campo, militantes, quilombolas, onde em sua cultura seja valorizada sua memória e histórias presenciadas  na organização do currículo e que possam contar com profissionais engajados com sua causa.
As disputas de poder, através dos movimentos sociais, se refletem ao longo da história na construção do saber. O padrão social está associado à apropriação da cultura, classificando a sociedade em segregados do conhecimento e aquele que detém o saber.
O sentido da significatividade das ações coletivas, das lutas, e reivindicações estimulam a contribuição do sujeito social e das reflexões pedagógicas.
A organização das memórias desestabiliza  quem acha que detém o “ poder- saber” mostrando que tem alma e pensamento, não podendo mais serem ocultados e interiorizados desenvolvendo ações coletivas na sociedade onde estão inseridos contestando a pedagogia que não os inclui, mostrando que não existe   a unicidade mas sim a diversidade com função libertadora e educativa.
As políticas e pedagogias precisam destruir pontes por onde só trafeguem  quem se encaixa nas teorias socioeducativas previamente estabelecidas. É preciso que as construções das “pontes” sejam feitas por todos, não só por quem detém o poder, mas também por aqueles que tem outros projetos de sociedade, de relação de poder e de autopensar-se, que apesar de serem considerados excluídos não lutam pela inclusão mas sim pela justiça social e pedagógica.
A escola foi intitulada como aquela que vai nivelar os desiguais para justificar as políticas progressistas, porém o que é a base da  luta é uma construção de equilibração das diferenças que sejam reais e  não impostas  para dar voz  e vez aos “outros” que não existem diante da sociedade. Acima de tudo estão  os direitos humanos que são considerados inexistentes mas que estão presentes sim na cena política, econômica, cultural e pedagógica. Não se pode ignorar as memórias pois elas estão aqui e precisam ter seu espaço, por isso precisa se estabelecer um diálogo onde as experiências se misturem, onde o “outro” e o “nós” possam construir um caminho onde todos são sujeitos. É preciso rever pedagogias que segregam, com mecanismos que destacam a superioridade do “nós”  em detrimento do “outro”, por pedagogias humanizadoras, que formem pensamentos do ponto zero para uma pedagogia que valorize os movimentos sociais , que construa uma aprendizagem ética e solidária.
Os campos do conhecimento precisam aproximar os saberes das consciências populares, tornando as culturas mais visíveis  e pensamento dos “outros” mais real, com ações de sistematização dos conhecimentos produzidos ao longo da história, reconhecendo que estes conhecimentos são produções alternativas de leitura do mundo e  trazer  à luz, valorizando este conhecimento.
Arroyo nos leva a questionar as pedagogias estabelecidas na sociedade, para que possamos valorizar a pedagogia construída pelos  “outros”, os “ fora da lei”, que são segregados culturais e políticos, mas que mesmo assim, tem suas pedagogias construídas na ações coletivas de lutas e resistência social e que vão de encontro a esta pedagogia que empobrece a identidade do coletivo.
A luta pelo direito à terra, à educação, à coletividade se reflete na pedagogia formadora que se fortalece à medida que  estes grupos vão se enraizando na sociedade, nas escolas, universidades, firmando seus territórios, sua identidade que muitas vezes, ao longo da história, foi ignorada.
Uma outra forma de segregação é usada como arma de inferiorização que se baseia na raça, que se estabelece para negros, índios, porém mesmo com todo um sistema com processos brutais de negação novas pedagogias foram construídas quebrando barreiras, valorizando a cultura e a identidade de uma raça, ocupando território e mostrando que se forem ignorados, a dinâmica social será comprometida.
Assim, conforme Arroyo, reflete a busca pela superação e a interlocução é o caminho para a superação dos processos de segregação, e um caminho para o respeito à diversidade e unidade da pedagogia.




Reflexos das Lutas Sociais - "Quadro Operários" - Tarsila do Amaral

sábado, 23 de maio de 2015

Narrativa Digital



 O curso de Pedagogia me fez dar um mergulho na realidade da escola em que atuo profissionalmente. A percepção da escola sob um novo olhar, o olhar de pesquisa foi uma linguagem diferente de convivência nos espaços escolares em que transito diariamente. Rever seus conceitos, documentações e organização social me  forneceu dados para a construção do Retrato da Escola. Considero esta atividade como um marco para o início formal de minhas novas construções e desafios pedagógicos. 

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Conhecendo minha escola


Minha escola se localiza na zona rural do município de Gravataí/RS. Fica no bairro Morro Agudo e somos privilegiados de estar inseridos em meio a uma paisagem linda, que nos remete tranquilidade e paz. Minha escola é assim, gigante em sua beleza e na sua efervescência de pessoas, culturas e realidades.



Um pouco da minha história

           Minha história profissional se iniciou na infância. Sou a sexta filha de sete irmãos (4 irmãs e 2 irmãos). Minha mãe foi professora de 2ª série por 25 anos na rede estadual de ensino,  por esta razão sempre fomos estimuladas a ler e escrever muito cedo. Com 5 anos já escola estava alfabetizada. Ingressei na escola aos 6 anos, na mesma escola que minha mãe trabalhava. Como já sabia ler e escrever minha professora me orientava a ajudar os colegas de classe. A partir daí, minha brincadeira preferida na infância era de professora da minha irmã mais nova e das crianças da vizinhança. O fato da minha mãe ser professora influenciou todas as filhas, pois seguiram esta carreira. Quando entrei na adolescência, não queria seguir esta profissão.Segui outros caminhos, mas cursei Matemática na Faculdade, por gostar muito desta disciplina, acabei me encontrando nesta profissão ajudando colegas na faculdade, ministrando aulas particulares e finalmente lecionando na Rede Municipal de Ensino  de Gravataí no ano de 2004, na disciplina de matemática para alunos de 6º ao 9º ano.
O início foi difícil, lembro até hoje da minha insegurança ao iniciar a aula e de como as coisas fluem naturalmente quando estamos seguros do conteúdo dado.
Meus três primeiros anos de magistério foram em escolas diferentes, pois estava em contrato emergencial. Nesta escolas não tive muito acesso as documentações formais, meu trabalho era realizado de acordo com o plano de conteúdos que me foi passado.
No meu quarto ano de trabalho fui nomeada na escola em que trabalho até hoje, há 11 anos. Esta escola, de realidade rural, muito diferente da realidade em que eu estava acostumada, pois só havia trabalhado em escolas urbanas até então. Encontrei um quadro de muita dificuldade de aprendizagem nos meus alunos. Percebi que precisava pesquisar e construir um plano de trabalho que resgatasse estes alunos. Nesta fase procurei me interar com os documentos formais da escola, para ter uma diretriz de que forma poderia traçar minhas metas de trabalho.
A partir daí retomei o ensino de matemática na forma de material concreto, construí jogos com os alunos de forma a valorizar suas capacidades, atraindo a atenção dos alunos pude diagnosticar suas dificuldades  e oportunizar atividades mais direcionadas e desta forma na maioria dos casos percebi avanços significativos. Como acompanhei os alunos nos anos seguintes pude constatar se minha forma de trabalhar havia contribuindo para estes avanços.
No ano de 2009 me  afastei da sala de aula para assumir o cargo de direção da escola, no qual fiquei por 6 anos. Neste período direcionei meu olhar para o Projeto Político-Pedagógico da escola desenvolvendo junto com os professores uma reflexão sobre o mesmo e uma construção coletiva para superar as dificuldades dos alunos. Percebi que houve um crescimento conjunto em que os alunos e professores buscaram na integração dos projetos a motivação necessária para a construção da aprendizagem.
Neste   ano de 2015, estou retomando a meu trabalho como professora e vice-diretora com novos desafios.