A contação de histórias,
como ato educativo intencional, faz parte do processo de aprendizagem onde o
aluno desenvolve habilidades como oralidade, leitura, escrita, entre outras.
Destaco a importância desta atividade de intervenção participativa no Portfólio
de Aprendizagens que escrevi sobre Hora
do Conto, em novembro de 2018.
A hora do conto, que
proporcionou a “contação de histórias” fez parte do meu planejamento do estágio
supervisionado do curso de pedagogia. Ganhou cada vez mais espaço em minhas
práticas na medida em que percebi o quanto ela se integrou ao cotidiano da sala
de aula, facilitando minhas retomadas diárias com os alunos, favorecendo a
interatividade entre eles.
Então,
sinalizar momentos de reflexão, bem como de falar e/ou ouvir, organizar os alunos,
atrair suas atenções, bem como de fazê-los usar a imaginação para elaborar
representações são objetivos que consegui alcançar no desenvolvimento desta
atividade. Sendo assim, usei semanalmente esse recurso, pois percebi que
através das histórias, os alunos se identificavam com o contexto, relacionando
suas experiências com os valores desenvolvidos pelos enredos. Como prática de
desenvolvimento da criança, a imaginação é fundamental, onde ela se associa ao
concreto para representar a realidade vivida. É o que se compreende nas
palavras de Rodrigues (2005, p.4):
A contação de histórias é
atividade própria de incentivo à imaginação e o trânsito entre o fictício e o
real. Ao preparar uma história para ser contada, tomamos a experiência do
narrador e de cada personagem como nossa e ampliamos nossa experiência
vivencial por meio da narrativa do autor. Os fatos, as cenas e os contextos são
do plano do imaginário, mas os sentimentos e as emoções transcendem a ficção e
se materializam na vida real. (RODRIGUES, 2005, p. 4).
Acredito
que a contação de história, proporcionada pela hora do conto, é uma ferramenta
muito rica no processo de construção dos saberes e vivências dos
alunos. Com esta atividade foi possível trabalhar várias palavras e a
estrutura de textos na atividade de representação da história coletiva, o que
me fez repensar continuamente como trabalhar a alfabetização.
É importante destacar que
através destas leituras, proporcionando interações dos alunos com o mundo da
literatura, podemos estimulá-los a
apreciar um bom livro, a gostar de ler. Mas para que isso aconteça é
importante que nos preparemos para este momento escolhendo obras que tragam reflexões
e vivências que contribuam com os processos de aprendizagem dos alunos.
Portanto, estas construções
trazem para prática em sala de aula condições para atingirem os objetivos
propostos, na medida em que as teorias estudadas no curso deram condições para
exercermos nossa missão de oportunizar aos alunos experiências que provocaram
transformações para que os mesmos valorizassem suas conquistas e ampliassem sua
visão de mundo.
REFERÊNCIAS:
RODRIGUES, Edvânia Braz
Teixeira. Cultura, arte e contação de histórias. Goiânia: Gwaya,
2005.