sexta-feira, 12 de outubro de 2018


Construção coletiva da turma de 2° ano (Estágio) para estabelecer a rotina da sala de aula.

A sala de aula é o momento de construir um ambiente de interação e aprendizagem com os alunos. É este ambiente que pretendo proporcionar para meus alunos no meu período de estágio que se inicia, pois acredito que essa experiência diária vai permitir uma visão mais ampla referente ao cotidiano da aula.


O primeiro dia de estágio foi de reconhecimento, tanto da minha parte, quanto da deles. No primeiro momento, conversei com eles explicando as razões de estar no lugar da professora e de que forma, juntos, poderemos fazer com que a aula seja de muitas aprendizagens. Uma das minhas prioridades nesse início de estágio foi desenvolver com os alunos uma nova forma de trabalhar as regras de convivência pois percebi, no meu período de observação, a necessidade de trabalhar com eles o saber ouvir, onde os alunos querem participar, dar sua opinião, mas de forma desorganizada.

Sendo assim, os alunos mostraram bastante interesse na elaboração das regras, o que me permitiu ir escrevendo no quadro à medida que a construção coletiva da mesma foi se concretizando. Este interesse foi reforçado pela demonstração de satisfação dos alunos quando reproduzi suas falas em um painel nomeado “Mural dos Combinados”. Sobre a necessidade do estabelecimento da rotina com os alunos,  Hohmann e Weikart (2009, p. 224) dizem : “A rotina diária oferece um enquadramento comum de apoio às crianças à medida que elas perseguem os seus interesses e se envolvem em diversas atividades de resolução de problemas".

No entanto, nem todos os alunos conseguiram entender esta autonomia tão necessária para uma organização da sala de aula, evidenciando que será um trabalho que precisarei construir com eles diariamente. Desta forma, então, o caminho é explorar múltiplas aprendizagens, como por exemplo, uma atividade que desenvolvi com os alunos e que pude trabalhar diferentes aprendizagens:  a  contação de história . Com esta prática, encontrei uma forma de organizá-los e atrair suas atenções, bem como de fazê-los usar a imaginação para elaborar representações. Através de histórias, percebi que os alunos se identificam com o contexto, relacionando suas experiências em vários momentos. Nas palavras de Rodrigues (2005, p.4):

A contação de histórias é atividade própria de incentivo à imaginação e o trânsito entre o fictício e o real. Ao preparar uma história para ser contada, tomamos a experiência do narrador e de cada personagem como nossa e ampliamos nossa experiência vivencial por meio da narrativa do autor. Os fatos, as cenas e os contextos são do plano do imaginário, mas os sentimentos e as emoções transcendem a ficção e se materializam na vida real. (RODRIGUES, 2005, p. 4).


Considero a contação de história uma ferramenta muito rica no processo de construção dos saberes e vivências dos alunos. Com esta atividade foi possível trabalhar várias palavras e a estrutura de texto na atividade de representação da história coletiva. Assim, avaliando as experiências pedagógicas da semana, encontrei descobertas, erros e acertos. Constatei que o planejamento é o alicerce de nosso trabalho, pois necessitamos estar sempre preparados para o inesperado e dispostos a nos reinventar sempre que preciso, para que nossos objetivos sejam sempre alcançados.

REFERÊNCIAS:

HOHMANN, Mary; WEIKART, David P. Educar a Criança5ª ed. Fundação Calouste Gulbenkian, 2009. 

RODRIGUES, Edvânia Braz Teixeira. Cultura, arte e contação de histórias. Goiânia: Gwaya, 2005.

Um comentário:

  1. Que postagem bacana! Que quadro legal! Quem não é professora não imagina como ele foi construído. Podes descrever? Acredito que seria válido. Essa ideia é a concretização de algum texto estudado em alguma aula de alguma Interdisciplina? Me parece que sim. Qual? Se puderes colocar, acredito que todos iriam querer reler. Indica aí pra nós. Segue escrevendo. Já sabes? Estou por aqui, as vezes, espiando as postagens de vocês. Assoberbada de tarefas e atividades kkkkk Mas vamos vencer! Abraço, Betynha. (Tutora PEAD2/UFRGS - Seminário Integrador Eixo VIII).

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