sábado, 27 de outubro de 2018


REVENDO MINHA ESCRITA


Quando fazemos uma retrospectiva, nossa intenção é rever os acontecimentos passados e associá-los com o presente em busca do entendimento das mudanças ocorridas. Com a tarefa da interdisciplina Seminário Integrador VIII, do curso de Pedagogia, de revisitar nosso Portfólio de Aprendizagens, me deparei com um processo gradativo de evolução da minha escrita.

Partindo de uma postura descritiva das aprendizagens do curso, ao mesmo tempo em que aprendia a usar as ferramentas possíveis na construção do blog, fui experimentando novas formas de comunicação para aprimorar a contextualização das minhas aprendizagens. Aos poucos, então, a fundamentação teórica das interdisciplinas foi embasando minhas interpretações ao ponto de torná-las mais significativas, pois era fruto de muita pesquisa e discussão, incluindo uma prática mais coerente com minhas concepções teóricas.

Nesta linha, várias postagens referentes aos primeiros semestres do curso sinalizaram minha pesquisa no campo do desenvolvimento da aprendizagem, sob enfoque da Psicologia, o que me fez observar melhor meus alunos. Com um olhar nos estudos de alfabetização, procurei associar as transformações das crianças a seus condicionamentos em práticas pedagógicas onde a ludicidade se fez presente, não apenas como estimuladora, mas como essência de aprendizagem. Assim, minhas postagens foram refletindo aos poucos todo meu envolvimento com o estudo e com a prática das aprendizagens do curso, configurando meu papel de professora e de aprendiz constante. Este significado de sermos aprendizes eternos encontro nas palavras de Demo (2000, p. 56): "Teoria“ e ideologias precisam abrir caminhos, questionar todas as outras e sobretudo a si mesmas, olhar para o outro lado – isto é aprender”.

Questionar, então, foi algo que aprendi a praticar com mais frequência, pois a caminhada no curso de Pedagogia é maior e mais complexa do que conhecer e interpretar concepções pedagógicas. Ela envolve posicionamentos e escolhas, sejam de ideias ou de planejamentos, onde ser professor é uma busca constante de conhecimentos.


REFERÊNCIAS:

DEMO, Pedro. Conhecer & Aprender: sabedoria dos limites e desafios. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

sábado, 20 de outubro de 2018

PRÁTICA PARA APRENDER


Durante a realização das atividades da Interdisciplina Matemática nas Séries Iniciais, do curso de Pedagogia, muitas reflexões foram feitas, principalmente na compreensão de como o aluno aprende. Uma delas foi que, independente de controlarmos a aprendizagem, coletar informações e analisá-las nos permite direcionar nosso planejamento e/ou modificá-lo.

A matemática para o professor, além de um componente curricular, é um campo riquíssimo de pesquisa prática, visto que é possível acompanhar a forma como o aluno aprende, a partir das estratégias determinadas por ele para solucionar os problemas propostos. Nesta questão, torna-se fundamental que o aluno seja incentivado a resolver desafios e que desenvolva habilidades para tal. Nas palavras de Soares (2009, p.13-14):

Como regra geral, por exemplo, podemos pensar que uma atividade tem maior validade quando desafia os alunos a conquistar uma habilidade que ainda não dominam inteiramente, Se, no desenvolvimento do trabalho, notamos que a turma conquistou aquela habilidade, temos aí indícios de que as atividades desenvolvidas tiveram alguma efetividade. (SOARES, 2009, p. 13-14).

Desta forma, sempre haverá novidades quando adquirimos os conhecimentos através da prática. Propor desafios e monitorar o processo de aprendizagem indica uma postura investigativa por parte do professor, o que qualificará seu planejamento.

Vivenciei esta prática, então, ao explorar a geometria nas tarefas da interdisciplina de Matemática. Minha insegurança inicial se transformou em uma aprendizagem prática ao compartilhar com meus alunos, a compreensão dos mesmos sobre os conceitos abordados. Portanto, assim como os alunos, nós também precisamos experimentar para aprender.

REFERÊNCIAS:

SOARES, Eduardo Sarquis. Ensinar matemática – desafios e possibilidades. Belo Horizonte: Dimensão, 2009.



sexta-feira, 12 de outubro de 2018


Construção coletiva da turma de 2° ano (Estágio) para estabelecer a rotina da sala de aula.

A sala de aula é o momento de construir um ambiente de interação e aprendizagem com os alunos. É este ambiente que pretendo proporcionar para meus alunos no meu período de estágio que se inicia, pois acredito que essa experiência diária vai permitir uma visão mais ampla referente ao cotidiano da aula.


O primeiro dia de estágio foi de reconhecimento, tanto da minha parte, quanto da deles. No primeiro momento, conversei com eles explicando as razões de estar no lugar da professora e de que forma, juntos, poderemos fazer com que a aula seja de muitas aprendizagens. Uma das minhas prioridades nesse início de estágio foi desenvolver com os alunos uma nova forma de trabalhar as regras de convivência pois percebi, no meu período de observação, a necessidade de trabalhar com eles o saber ouvir, onde os alunos querem participar, dar sua opinião, mas de forma desorganizada.

Sendo assim, os alunos mostraram bastante interesse na elaboração das regras, o que me permitiu ir escrevendo no quadro à medida que a construção coletiva da mesma foi se concretizando. Este interesse foi reforçado pela demonstração de satisfação dos alunos quando reproduzi suas falas em um painel nomeado “Mural dos Combinados”. Sobre a necessidade do estabelecimento da rotina com os alunos,  Hohmann e Weikart (2009, p. 224) dizem : “A rotina diária oferece um enquadramento comum de apoio às crianças à medida que elas perseguem os seus interesses e se envolvem em diversas atividades de resolução de problemas".

No entanto, nem todos os alunos conseguiram entender esta autonomia tão necessária para uma organização da sala de aula, evidenciando que será um trabalho que precisarei construir com eles diariamente. Desta forma, então, o caminho é explorar múltiplas aprendizagens, como por exemplo, uma atividade que desenvolvi com os alunos e que pude trabalhar diferentes aprendizagens:  a  contação de história . Com esta prática, encontrei uma forma de organizá-los e atrair suas atenções, bem como de fazê-los usar a imaginação para elaborar representações. Através de histórias, percebi que os alunos se identificam com o contexto, relacionando suas experiências em vários momentos. Nas palavras de Rodrigues (2005, p.4):

A contação de histórias é atividade própria de incentivo à imaginação e o trânsito entre o fictício e o real. Ao preparar uma história para ser contada, tomamos a experiência do narrador e de cada personagem como nossa e ampliamos nossa experiência vivencial por meio da narrativa do autor. Os fatos, as cenas e os contextos são do plano do imaginário, mas os sentimentos e as emoções transcendem a ficção e se materializam na vida real. (RODRIGUES, 2005, p. 4).


Considero a contação de história uma ferramenta muito rica no processo de construção dos saberes e vivências dos alunos. Com esta atividade foi possível trabalhar várias palavras e a estrutura de texto na atividade de representação da história coletiva. Assim, avaliando as experiências pedagógicas da semana, encontrei descobertas, erros e acertos. Constatei que o planejamento é o alicerce de nosso trabalho, pois necessitamos estar sempre preparados para o inesperado e dispostos a nos reinventar sempre que preciso, para que nossos objetivos sejam sempre alcançados.

REFERÊNCIAS:

HOHMANN, Mary; WEIKART, David P. Educar a Criança5ª ed. Fundação Calouste Gulbenkian, 2009. 

RODRIGUES, Edvânia Braz Teixeira. Cultura, arte e contação de histórias. Goiânia: Gwaya, 2005.

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

ENSINAR MATEMÁTICA


Ensinar matemática é um aprendizado constante. Encontrar na nossa prática caminhos que facilitem a construção, pelo aluno, de conhecimentos matemáticos significativos é o nosso desafio enquanto professor. A prática docente é a peça chave no processo de aprendizagem do aluno. Abordar o conteúdo através de atividades de investigação, pesquisa e discussão de ideias acaba tornando prazerosas as descobertas e soluções elaboradas pelos alunos.

Estas práticas de análise e pesquisa farão o aluno perceber a matemática em sua volta. Nas nossas ações no cotidiano, usamos ferramentas sem ao menos perceber, como na compra e venda ou calculando distâncias e/ou tempo para chegar em algum local, entre tantas outras situações. Nas palavras de Rodrigues (2005, p.5):

É importante que a presença do conhecimento matemático seja percebida, e claro, analisada e aplicada às inúmeras situações que circundam o mundo, visto que a matemática desenvolve o raciocínio, garante uma forma de pensamento, possibilita a criação e amadurecimento de ideias, o que traduz uma liberdade, fatores estes que estão intimamente ligados a sociedade. Por isso, ela favorece e facilita a interdisciplinaridade, bem como a sua relação com outras áreas do conhecimento (filosofia, sociologia, literatura, música, arte, política, etc. (RODRIGUES, 2005, p.5)

Quando realizamos trocas de experiências com outras disciplinas, com outras culturas, enriquecemos o domínio da linguagem matemática, tornando o aluno capaz de atuar na sua realidade de forma produtiva, sendo capaz de estabelecer relações e resolver problemas.

Percebemos, porém, que na maioria de nossas salas de aula, a realidade é outra. O ensino é compartimentado, sem estabelecer relações interdisciplinares. O professor, muitas vezes, é cobrado para trabalhar cada vez mais conteúdos, tendo a obrigação de vencer o programa. Então, como mudar esta realidade? Acredito que a resposta esteja em encontrar um equilíbrio entre o que precisamos trabalhar com nossos alunos e as habilidades que precisam ser desenvolvidas por eles.

Portanto, trazer para a sala de aula situações do cotidiano é essencial. Também é indispensável contar um pouco da história da matemática, onde os alunos possam perceber que a matemática esteve presente em todos os tempos históricos, sempre com uma aplicabilidade. O professor, então, é nosso personagem principal, com a missão de tornar a aprendizagem instigante e, de forma criativa, inovar seu ensino para que os alunos construam um pensamento matemático real e significativo.

REFERÊNCIAS:

RODRIGUES, L. L. A Matemática ensinada na escola e a sua relação com o cotidiano. Brasília: UCB, 2005.