sexta-feira, 28 de setembro de 2018




Construção do Projeto de Estágio

Meu projeto de estágio descreve o trabalho a ser realizado no Estágio Obrigatório para conclusão do curso de Pedagogia, ensino a distância, da UFRGS. Nele, então, constará o meu trabalho com uma turma de 2º ano do Ensino Fundamental onde, além de desenvolver a leitura e interpretação como essência pedagógica, a aprendizagem também será voltada para a construção de raciocínio lógico na adição e subtração. Como complemento, ações formativas farão parte do planejamento para vivenciar o respeito às diferenças e o acolhimento do outro, isto é, estabelecer relações construtivas para a vida em sociedade.

A prática pedagógica que procurarei trabalhar no meu estágio será baseada numa metodologia em que o professor é o mediador no processo de aquisição do conhecimento e na interação entre os alunos. Nas palavras de Contreras (2012,p.83): “[...] as qualidades profissionais que o ensino requer estão em função da forma em que se interpreta o que deve ser o ensino e suas finalidades”.

Com o apoio da Metodologia de Projetos, de Ensino e de Aprendizagem, a proposta pedagógica  explorará as relações entre o todo e as partes, buscando novas formas de ver os mesmos problemas, instigando os alunos a observar e a pensar, identificando o aluno como um todo, inter-relacionando aprendizagem com desenvolvimento. Nesta proposta, é possível buscar embasamento teórico nos estudos de Jean Piaget e de Lev Vygotsky, principais teóricos do interacionismo. Para complementar, as aulas serão enriquecidas com os princípios humanistas de Paulo Freire, onde a dialética contribui para respeitar e aproveitar os saberes de alunos e professores que podem construir o conhecimento juntos.

Tendo em vista as observações realizadas na escola e seu entorno, bem como com os alunos da turma, o planejamento pedagógico foi organizado envolvendo conceitos e experiências (abordagem sociocultural). Isso implica em um processo de aprendizagem pessoal do aluno, aproveitando seus conhecimentos prévios.Como a escola representa a sociedade em que vivemos, a sala de aula é o principal espaço de convivência para os alunos da turma, por esta razão a busca do conhecimento se tornou indissociável da prática social, onde os alunos precisam construir princípios de convivência que de forma positiva promovam sua inclusão na sociedade.

Portanto, estagiar nas séries iniciais será meu desafio, pois enquanto aluna do curso de Pedagogia construí muitos conceitos pedagógicos, na maior parte teóricos, o que precisam ser postos em prática para realmente validá-los. Trabalhar a alfabetização também é um grande campo de experiência e de interações com os alunos, o que, com certeza, qualificará minha bagagem profissional.

REFERÊNCIAS:

CONTRERAS, José. A autonomia dos professores. São Paulo: Cortez, 2012.



sábado, 22 de setembro de 2018



A escola tem a obrigatoriedade de formar leitores. Todos tem o direito de ler e escrever, de apreciar ou não a leitura. Para que este processo se construa é preciso que se oportunize o acesso de todos aos mais diferentes gêneros e práticas de leitura e escrita.

Neste processo de construção de leitores, as práticas precisam trazer significado e ocorrerem de forma prazerosa. Experiências efetivas produzidas destas ações trazem consigo resultados reais, diferentes dos que seriam de uma leitura obrigatória e burocrática. Nas palavras de Kramer (2010, p.150):

O pretexto da leitura querida, escolhida, procurada, conquistada é o da liberdade; o subtexto da leitura –obrigação é a obediência. Entre uma e outra, múltiplas formas de ação e criação de leitura. Superando dialeticamente uma e outra, é preciso garantir condições de produção de leitura. (KRAMER,2010, p.150).

O papel do professor neste processo de encantamento da leitura é fundamental. Professores que gostem de ler ou que redescubram o prazer de ler serão os exemplos, pois despertarão nos alunos a vontade de ter contato com autores que nos ajudam a pensar a vida, a entender o mundo e a quebrar a dureza do cotidiano.

Portanto, a prática da leitura estimula a reflexão, o pensar junto, o diálogo entre professores e alunos, que é o alicerce para que uma troca de ideias se estabeleça sem o aprisionamento da palavra, possibilitando a compreensão do outro e de si mesmo.


REFERÊNCIAS:

KRAMER, Sonia. Alfabetização, leitura e escrita: formação de professores em curso. São Paulo: Ática, 2010.


sábado, 15 de setembro de 2018




Um novo desafio começa: a preparação para o estágio supervisionado. Este processo de aprendizagem, pela qual todo graduando em Pedagogia precisa passar, nos preparará para exercer a nossa função de ensinar, nosso papel de professor. Através deste processo, podemos por em prática as teorias que trabalhamos, analisamos e debatemos em nossas aulas na Universidade. Nas palavras de Silva; Sales (2012, p.2):

Teoricamente o Estágio Supervisionado é a oportunidade de se colocar em prática tudo que foi aprendido e discutido, um período onde se pode constatar se existe ou não coerência com o dito e o feito. Estágio é tempo de aprendizagem que, através de um período de permanência, alguém se prepara em algum lugar para aprender a prática de um oficio para depois poder exercê-lo. Assim o estágio supõe uma relação pedagógica entre quem já é profissional reconhecido em um ambiente institucional de trabalho e um futuro profissional. (SILVA;SALES, 2012, p.2):

Na atividade de sala de aula, percebemos que a teoria é fundamental e, a partir dela, poderemos dar sentido a nossa prática. Neste contexto, ela dá suporte e condições para exercermos nossa missão de proporcionar aos alunos experiências que possibilitem sua transformação, enriqueçam sua vida e seu processo de aprendizagem.

A etapa do processo de estágio em que realizamos a observação da turma vai nos dar subsídios para conhecermos melhor os alunos com os quais passaremos nove semanas. Ser capaz de reconhecer cada aluno em sua individualidade proporcionará a descoberta da melhor forma de trabalhar a diversidade da turma.

Ao mesmo tempo, a prática pedagógica, a partir da análise do contexto da turma, precisa ser pensada constantemente. A sala de aula não é um momento estanque, ela é viva, cheia de desafios e frustrações que exigem de nós, professores, um recomeçar a cada dia, procurando com nossas ações o melhor caminho para conduzir nossos alunos.

Portanto, é na realidade da sala de aula que vamos confirmar nossa vocação de ensinar. A rotina, os desafios, as dificuldades e as vitórias do dia a dia é que serão os alicerces de nossa prática.


REFERÊNCIAS:
SILVA, E. R.; SALES, A. A contribuição do estágio supervisionado para formação do professor de matemática.2012.Disponível em: < http://livrozilla.com/doc/322436/acontribui%C3%A7%C3%A3o-do-est%C3%A1gio-supervisionado-para>. Acesso em 13/09/18.


sexta-feira, 7 de setembro de 2018




O papel do lúdico na escola

A escola precisa ser um lugar alegre e cheio de descobertas para o aluno. Nas séries iniciais, estas descobertas estão relacionadas com a curiosidade despertada nos alunos  através da capacidade de apreciar e refletir sobre as mais diversas formas de criatividade lúdica, tanto de forma individual como coletiva. Nas palavras de Comênio (1957, p.156):

Que sejam instruídos com o método muito fácil, não só para que não se afastem dos estudos, mas até para que eles sejam atraídas como para verdadeiros deleites, para que as crianças experimentem nos estudos um prazer não menor que quando, passam dias inteiros a brincar com pedrinhas, bolas, e corridas.(COMÊNIO, 1957, p.156).

A forma lúdica de ensinar e aprender leva o aluno a uma construção prazerosa do conhecimento, estabelecendo relações em que socializa e interage enriquecendo suas produções.

Desta forma, a imaginação do aluno deve ser exercitada continuamente, onde a escola deve ser o local motivador para isso, oportunizando ao aluno diversas formas de se expressar, levando-o a buscar e aprender cada vez mais.

Portanto, o trabalho da escola com o lúdico não pode ser isolado. Ele precisa  fazer parte do cotidiano do Professor em sala de aula, sendo integrado em ações pedagógicas que viabilizem o resgate do patrimônio lúdico enquanto expressão viva de nossas escolas.


REFERÊNCIAS:

COMÊNIO, João Amós. Didática Magna. 3 ed. Lisboa : Fundação Calouste Gulbenkian,  1957.


sábado, 1 de setembro de 2018



Observando o contexto escolar que construímos o perfil de nossa turma. Quando elaboramos um planejamento, é importante termos em mente os objetivos que queremos alcançar, enquanto profissionais, e com nossos alunos. No entanto, o caráter flexível do planejamento deve fazer parte de sua rotina, pois no exercício da docência, imprevistos acontecem e devemos estar preparados para eles. Nas palavras de Karling (1991, p.305):

Mesmo que tenhamos que fugir do planejado, é importante ter feito o planejamento. O que importa é tornar a aprendizagem eficiente, sem perda de tempo para os alunos. Se estes se inclinarem para outro rumo, e o professor julgar isso de utilidade, deem-se asas aos alunos (KARLING, 1991, p. 305).

Desta forma, a escola não está isolada do mundo, ela se encontra em um contexto social que precisa ser explorado e contextualizado juntamente com os alunos. É importante destacar que neste processo estamos tratando com pessoas em toda a sua complexidade de ideias e relações que, neste ambiente de convívio, se mostram presentes a todo momento.

Outros elementos importantes, que podem nos auxiliar a pensar e planejar o trabalho docente, são os espaços da escola. No processo de ensinar e aprender, explorar a biblioteca, o pátio, o refeitório, entre outros, pode ser uma opção para o desenvolvimento da identificação do aluno com a teoria e a prática.

Portanto, neste caminho cheio de alternativas e desafios que se descortina em nossa frente, quando pensamos em planejamento, fica cada vez mais evidente que pensar a aula para a realidade de nossos alunos ainda é o melhor caminho e a melhor forma de envolvê-los naquilo que é trabalhado. O professor é a chave deste processo, pois com sensibilidade e observação, o processo de ensinar e aprender se dará de forma natural e prazerosa para professor e aluno.

REFERÊNCIAS:

KARLING, Argemiro Aluísio. A Didática Necessária. São Paulo: IBRASA, 1991.