QUAL A
INTENCIONALIDADE DA TECNOLOGIA
NA SALA
DE AULA?
Refletir sobre a
evolução da tecnologia na educação nos leva a pensar sobre a forma que
aprendemos ao longo da vida, e de como percebemos que todos os materiais, que
mesmo agora são considerados “antigos” e muitas vezes obsoletos, serviram para construir
conceitos em nossas aprendizagens, tanto que até hoje alguns nos apoiam em
nossas práticas.
A tecnologia
veio para contribuir e facilitar as ações pedagógicas, pois se utiliza de
múltiplas linguagens, transitando entre o concreto e o abstrato para ampliar a
comunicação. Materiais tradicionais, como quadro e giz, têm o seu valor, desde
que não se transformem no foco da aprendizagem.
Com o acesso à internet, um campo inesgotável de
possibilidades foi aberto para o professor e, consequentemente para o aluno. Além
de facilitar o planejamento das aulas, permitiu ao professor contextualizar os
conteúdos ao utilizar diversificadas ferramentas pedagógicas. Nas palavras de
Moran (2000, p.61):
[...] na
sociedade da informação, todos estamos reaprendendo conhecer, a comunicar-se, a ensinar;
reaprendendo a integrar o humano e o tecnológico, a integrar o individual, o
grupal e o social. É importante conectar
sempre o ensino com a vida do aluno. Chegar ao aluno por todos os caminhos
possíveis: pela experiência, pela imagem, pelo som, pela representação (dramatização,
simulações), pela multimídia, pela interação on-line e off-line. (MORAN, 2000,
p.61).
É importante
destacar que somente recursos tecnológicos não garantem a aprendizagem, visto
que seu uso deve estar qualificado por uma intencionalidade, isto é, orientado
por propósito de oportunizar a construção de um conhecimento. Ao mesmo tempo, a
falta ou a restrição de acesso às tecnologias nas escolas é uma das razões
pelas quais nossos alunos são privados de enriquecer seus conhecimentos e de
usufruir de novas formas de comunicação social.
Porém, no
contexto educacional atual, estamos conscientes da necessidade do uso de
tecnologias de informação na escola. No entanto, nosso maior desafio é aplicar
estas ferramentas no cotidiano das nossas aulas de forma prática e produtiva,
pois não basta ensinar o aluno a usar um recurso, precisamos, também, fomentar
uma reflexão significativa para que ele se aproprie deste conhecimento e
posicione-se perante a vida. É certo que enfrentamos dificuldades sociais
e econômicas nas escolas pela falta de recursos, mas é aí que entra a
imaginação e a vontade do professor em proporcionar aos alunos o acesso
consciente ao mundo virtual.
REFERÊNCIAS:
MORAN,
José Manuel. A integração das tecnologias na educação. 2000. Disponível
em:<http://www.eca.usp.br/prof/moran/site/textos/tecnologias_educacao/integracao.pdf>.
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