sábado, 21 de abril de 2018



QUAL A INTENCIONALIDADE DA TECNOLOGIA
NA SALA DE AULA?

Refletir sobre a evolução da tecnologia na educação nos leva a pensar sobre a forma que aprendemos ao longo da vida, e de como percebemos que todos os materiais, que mesmo agora são considerados “antigos” e muitas vezes obsoletos, serviram para construir conceitos em nossas aprendizagens, tanto que até hoje alguns nos apoiam em nossas práticas.

A tecnologia veio para contribuir e facilitar as ações pedagógicas, pois se utiliza de múltiplas linguagens, transitando entre o concreto e o abstrato para ampliar a comunicação. Materiais tradicionais, como quadro e giz, têm o seu valor, desde que não se transformem no foco da aprendizagem.

Com o acesso à internet, um campo inesgotável de possibilidades foi aberto para o professor e, consequentemente para o aluno. Além de facilitar o planejamento das aulas, permitiu ao professor contextualizar os conteúdos ao utilizar diversificadas ferramentas pedagógicas. Nas palavras de Moran (2000, p.61):

[...] na sociedade da informação, todos estamos reaprendendo  conhecer, a comunicar-se, a ensinar; reaprendendo a integrar o humano e o tecnológico, a integrar o individual, o grupal  e o social. É importante conectar sempre o ensino com a vida do aluno. Chegar ao aluno por todos os caminhos possíveis: pela experiência, pela imagem, pelo som, pela representação (dramatização, simulações), pela multimídia, pela interação on-line e off-line. (MORAN, 2000, p.61).

É importante destacar que somente recursos tecnológicos não garantem a aprendizagem, visto que seu uso deve estar qualificado por uma intencionalidade, isto é, orientado por propósito de oportunizar a construção de um conhecimento. Ao mesmo tempo, a falta ou a restrição de acesso às tecnologias nas escolas é uma das razões pelas quais nossos alunos são privados de enriquecer seus conhecimentos e de usufruir de novas formas de comunicação social.

Porém, no contexto educacional atual, estamos conscientes da necessidade do uso de tecnologias de informação na escola. No entanto, nosso maior desafio é aplicar estas ferramentas no cotidiano das nossas aulas de forma prática e produtiva, pois não basta ensinar o aluno a usar um recurso, precisamos, também, fomentar uma reflexão significativa para que ele se aproprie deste conhecimento e posicione-se perante a vida.  É certo que enfrentamos dificuldades sociais e econômicas nas escolas pela falta de recursos, mas é aí que entra a imaginação e a vontade do professor em proporcionar aos alunos o acesso consciente ao mundo virtual.

REFERÊNCIAS:

MORAN, José Manuel. A integração das tecnologias na educação. 2000. Disponível em:<http://www.eca.usp.br/prof/moran/site/textos/tecnologias_educacao/integracao.pdf>.


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