domingo, 4 de junho de 2017


Gestão Curricular 
na escola pública

A construção do currículo precisa ser alicerçada pelo conhecimento. A consciência de onde queremos chegar se dá somente através do diálogo, que favorece a reflexão sobre os conteúdos e as metodologias.

A partir de uma reflexão coletiva, existe uma possibilidade concreta para que os currículos educacionais ganhem continuamente criticidade e qualidade com mais força, dando oportunidades reais para a reeducação do coletivo que faz a educação e a escola. O currículo se interliga aos saberes dos protagonistas que agem e interagem no processo da educação. Nas palavras de Freire (1996):

O saber dá impossibilidade de desunir o ensino dos conteúdos da formação ética dos educandos. De separar prática de teoria, autoridade de liberdade, ignorância de saber, respeito ao professor, de respeito aos alunos, ensinar de aprender. Nenhum destes termos pode ser mecanicistamente separado, um do outro. (FREIRE,1996, p.37)

Desta forma, a reestruturação do currículo passa pelo senso comum da educação, onde os educadores e educandos têm seus espaços respeitados, exercendo seu direito de opinar por serem aqueles que fazem o processo educativo no seu dia a dia. Toda esta prática se concretiza quando o exercício de ouvir o outro se faz presente na elaboração de um currículo democrático e participativo que valoriza os conhecimentos prévios dos alunos e respeita a cultura local.

O conhecimento se solidifica através dos valores humanos praticados na escola. Problematizando as situações do cotidiano, preparamos os alunos para buscar soluções que aliem  os conteúdos com as práticas  de vida. Um currículo vivo só permanece assim, se quem o pratica se compromete a experimentá-lo, avaliá-lo e disseminá-lo na comunidade escolar. 

REFERÊNCIAS:

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.


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