Gestão Curricular
na escola pública
A construção do currículo
precisa ser alicerçada pelo conhecimento. A consciência de onde queremos chegar
se dá somente através do diálogo, que favorece a reflexão sobre os conteúdos e
as metodologias.
A partir de uma reflexão
coletiva, existe uma possibilidade concreta para que os currículos educacionais
ganhem continuamente criticidade e qualidade com mais força, dando
oportunidades reais para a reeducação do coletivo que faz a educação e a
escola. O currículo se interliga aos saberes dos protagonistas que agem e
interagem no processo da educação. Nas palavras de Freire (1996):
O saber dá
impossibilidade de desunir o ensino dos conteúdos da formação ética dos
educandos. De separar prática de teoria, autoridade de liberdade, ignorância de
saber, respeito ao professor, de respeito aos alunos, ensinar de aprender. Nenhum
destes termos pode ser mecanicistamente separado, um do outro. (FREIRE,1996, p.37)
Desta forma, a
reestruturação do currículo passa pelo senso comum da educação, onde os
educadores e educandos têm seus espaços respeitados, exercendo seu direito de
opinar por serem aqueles que fazem o processo educativo no seu dia a dia. Toda
esta prática se concretiza quando o exercício de ouvir o outro se faz presente
na elaboração de um currículo democrático e participativo que valoriza os
conhecimentos prévios dos alunos e respeita a cultura local.
O conhecimento se solidifica
através dos valores humanos praticados na escola. Problematizando as situações
do cotidiano, preparamos os alunos para buscar soluções que aliem os conteúdos com as práticas de vida. Um currículo vivo só permanece
assim, se quem o pratica se compromete a experimentá-lo, avaliá-lo e
disseminá-lo na comunidade escolar.
REFERÊNCIAS:
FREIRE, Paulo. Pedagogia
da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e
Terra, 1996.
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