domingo, 7 de maio de 2017

UMA REFLEXÃO
O jovem é protagonista de nossa sociedade, sendo assim é importante que este destaque seja positivo, não apenas ser citado fazendo parte de problemas estruturais na educação e na sociedade, mas sim protagonizar de forma positiva e real o seu tempo.

Compreender e ressignificar esta nova posição dos jovens que vem se desenhando nas últimas décadas perpassa pelo fortalecimento das esferas educacionais. Um campo muito fértil para a humanização da condição do jovem é na Educação de Jovens e Adultos (EJA), que acolhem no seu viés de Educação Popular a diversidade da dinâmica que se desenha  na sociedade  atual.

Atuar nas multiplicidades do EJA requer do professor uma reflexão profunda de qual será a postura frente às dificuldades de constituir um núcleo de entendimento com os estudantes.  Uma reflexão onde educador e educando encontrem um ponto de equilíbrio, com respeito a condição do outro e de todo o processo de mudança social que é necessário que se estabeleça para que a realidade da Educação de Jovens e Adultos se universalize. Nas palavras de Arroyo (2011):

A EJA somente será reconfigurada se esse olhar for revisto. Se o direito à educação ultrapassar a oferta de uma segunda oportunidade de escolarização, ou na medida em que esses milhões de jovens-adultos forem vistos para além das carências. Um novo olhar deverá ser constituído, que os reconheça como jovens e adultos em tempos e percursos de jovens e adultos. (ARROYO, 2011, p. 23)


Assim, não se trata de simplesmente preencher vagas, mas oferecer ao aluno da EJA possibilidades de se fazerem presente na luta de igualdade de direitos por uma educação de qualidade, que garanta um olhar global, deixando para traz a roupagem antiga de ser uma solução de suprir carências e defasagem de aprendizagem, ou de ajustar os alunos considerados “problemas”.

Portanto, a EJA precisa formar alunos de direitos, em uma educação pública de qualidade que os reconheça como parte das ações da esfera política e social. Ao mesmo tempo, formar também alunos de deveres, com o poder de agir pelo bem comum, de forma participativa e coletiva.

REFERÊNCIAS:

ARROYO, Miguel González. Educação de jovens-adultos: um campo de direitos e de responsabilidade pública. In: SOARES, Leôncio; GIOVANETTI, Maria Amélia: GOMES, Nilma Lino (Orgs.). Diálogos na Educação de Jovens e Adultos. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2011.

http://www.vejalogo.com.br/?pagina=ler_post&cod_post=596 (Imagem)

2 comentários:

  1. Olá Janaina,
    Muito boa reflexão, mas além da citação sinto falta de referências a autores que te auxiliaram na produção do texto.
    Att,
    tutora Rocheli

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  2. Rocheli, minha reflexão foi feita a partir da leitura deste livro citado como referência e de minha experiência como professora da EJA. Em minha próxima postagem procurarei embasar minha escrita em mais de um autor, se o assunto se fizer necessário.

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