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UMA REFLEXÃO |
O jovem é protagonista de nossa
sociedade, sendo assim é importante que este destaque seja positivo, não apenas
ser citado fazendo parte de problemas estruturais na educação e na sociedade,
mas sim protagonizar de forma positiva e real o seu tempo.
Compreender e ressignificar
esta nova posição dos jovens que vem se desenhando nas últimas décadas perpassa
pelo fortalecimento das esferas educacionais. Um campo muito fértil para a
humanização da condição do jovem é na Educação de Jovens e Adultos (EJA), que
acolhem no seu viés de Educação Popular a diversidade da dinâmica que se
desenha na sociedade atual.
Atuar nas multiplicidades do
EJA requer do professor uma reflexão profunda de qual será a postura frente às
dificuldades de constituir um núcleo de entendimento com os estudantes. Uma reflexão onde educador e educando
encontrem um ponto de equilíbrio, com respeito a condição do outro e de todo o
processo de mudança social que é necessário que se estabeleça para que a
realidade da Educação de Jovens e Adultos se universalize. Nas palavras de Arroyo
(2011):
A EJA
somente será reconfigurada se esse olhar for revisto. Se o direito à educação
ultrapassar a oferta de uma segunda oportunidade de escolarização, ou na medida
em que esses milhões de jovens-adultos forem vistos para além das carências. Um
novo olhar deverá ser constituído, que os reconheça como jovens e adultos em
tempos e percursos de jovens e adultos. (ARROYO, 2011, p. 23)
Assim, não se trata de
simplesmente preencher vagas, mas oferecer ao aluno da EJA possibilidades de se
fazerem presente na luta de igualdade de direitos por uma educação de
qualidade, que garanta um olhar global, deixando para traz a roupagem antiga de
ser uma solução de suprir carências e defasagem de aprendizagem, ou de ajustar
os alunos considerados “problemas”.
Portanto, a EJA precisa
formar alunos de direitos, em uma educação pública de qualidade que os
reconheça como parte das ações da esfera política e social. Ao mesmo tempo, formar
também alunos de deveres, com o poder de agir pelo bem comum, de forma
participativa e coletiva.
REFERÊNCIAS:
ARROYO, Miguel González.
Educação de jovens-adultos: um campo de direitos e de responsabilidade pública.
In: SOARES, Leôncio; GIOVANETTI, Maria Amélia: GOMES, Nilma Lino (Orgs.). Diálogos na Educação de Jovens e Adultos.
Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2011.
http://www.vejalogo.com.br/?pagina=ler_post&cod_post=596 (Imagem)
http://www.vejalogo.com.br/?pagina=ler_post&cod_post=596 (Imagem)
Olá Janaina,
ResponderExcluirMuito boa reflexão, mas além da citação sinto falta de referências a autores que te auxiliaram na produção do texto.
Att,
tutora Rocheli
Rocheli, minha reflexão foi feita a partir da leitura deste livro citado como referência e de minha experiência como professora da EJA. Em minha próxima postagem procurarei embasar minha escrita em mais de um autor, se o assunto se fizer necessário.
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