domingo, 2 de abril de 2017

Aprendizagem na Convivência

A aprendizagem se baseia no conhecer. Conhecer o outro, suas dificuldades, interagir de tal forma que a convivência se torne a fonte de troca de emoções e experiências.
A interação com o outro e com o mundo permeia as relações do aprender. Garantir que a convivência seja real e que estejamos realmente presentes em nossas  relações motivam e aprimoram os processos  da construção do conhecimento.
O espaço de convivência construído em sala de aula  deve proporcionar o equilíbrio e a liberdade nas relações, onde todos, educando e educador passam por transformações espontâneas, estreitando seus laços de afinidades. Segundo Maturana, 1993):

[…] a tarefa do educador é criar um espaço de convivência para qual se convide o outro, de modo que o outro esteja disposto a conviver conosco, por um certo tempo, espontaneamente. E nessa convivência, ambos educador e aprendiz, irão transformar-se de maneira congruente. (MATURANA, 1993, p.32)

A partir destas transformações a aprendizagem pode fugir do convencional, levar o aprendiz por caminhos não trilhados que realmente o desestabilizarão onde se efetive a real construção do novo.

Para que nossa convivência envolva os processos criativos e epistêmicos, precisamos nos despir de nosso egoísmo e competitividade para dividir com o outro o nosso saber, de  forma generosa e amorosa.

Portanto, partilhar é um caminho possível. Dividir nossos saberes e aprender com o outro fazem parte dos caminhos da aprendizagem que, se bem conduzidos, levarão professor e aluno para experiências  afetivas, cooperativas  e sociais.

Referências:

MATURANA, Humberto. Uma nova concepção de aprendizagem. Dois pontos, v.2, n.15, 1993.


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