domingo, 30 de outubro de 2016


TRABALHAR CIÊNCIAS COM EXPERIMENTAÇÃO

Trabalhar ciências com experimentação  promove relações do saber que os alunos já possuem, com novos conhecimentos, onde o aluno pode até se tornar consciente de conhecimentos que eles nem sabiam que possuíam, despertando assim no aluno o interesse de aprender .

Questionar, analisar e proporcionar ao aluno momentos de observação e reflexão são objetivos dos estudos na Ciência. Uma atividade que favoreceu esta construção foi proposta na interdisciplina de Representação do Mundo pelas Ciências Naturais, através da realização de  um experimento de Ciências.

Após pesquisar e experimentar algumas sugestões, decidi fazer a experiência do ovo que flutua. O experimento foi realizado com alunos do 5º ano do Ensino Fundamental. O objetivo da experiência era identificar como os objetos podem ou não flutuar na água. Para demonstrar este objetivo foram usados dois copos, um com água e outro com água e duas colheres de sal, ambos identificados com etiquetas que não estavam visíveis para os alunos no primeiro momento. Foi colocado em cada copo um ovo para que os alunos observassem o resultado.

O interessante é que a atenção deles ficou nos ovos e não na água dos copos. Mergulhamos os ovos e um afundou e o outro flutuou. Primeiro eles acharam que o que flutuou era o cru e o cozido havia afundado. Retiramos os ovos e um aluno recolocou o ovo que afundou no outro copo de água. Como o ovo desta vez flutuou, os alunos perceberam que os ovos não eram diferentes, mas que a água era o fator para afundar ou flutuar. Foi a partir daí que surgiram as hipóteses: a água do copo do ovo que flutua parece mais branquinha; eu acho que ela está mais gelada que a outra; tem algo na água que faz o ovo flutuar, etc. Confirmei que os dois ovos eram crus e mostrei as identificações dos copos (com sal e sem sal). A atividade terminou em um bate-papo, onde introduzi o conceito de densidade aproveitando os exemplos caseiros que os alunos iam comparando (um aluno correu até o refeitório da escola e trouxe uma garrafa de azeite para que pudéssemos testar a mistura água e azeite).

Experimento com o 5º ano da EMEF Albino Dias de Melo
Gravataí - RS 
Concluindo a atividade e relatando a experiência, é possível perceber o quanto é importante que se ofereça oportunidade aos alunos de comparar seus conhecimentos com seus colegas, procurar explicações para os resultados obtidos.

Assim, estar aberta a experimentar junto com os alunos tornou a atividade mais concreta, onde novas análises e/ou observações podem surgir, e novas reflexões, inclusive para nós professores, podem tornar as aulas mais significativas.

sábado, 22 de outubro de 2016



ENSINO e PESQUISA

É inquestionável a contribuição do ensino e da pesquisa no processo de aprendizagem em todos os campos de estudos, sobretudo na contemporaneidade, onde grande parte do conhecimento é construída a partir das experiências vivenciadas em ambiente escolar. Assim, o êxito nos resultados a serem alcançados neste período se relaciona diretamente com o trabalho desenvolvido no decorrer da trajetória de estudos.
Nas práticas escolares o ensino e a pesquisa, envolvem teoria e prática. A partir da união destes processos, a formação da consciência histórica dos alunos se solidifica. O professor como mediador deste processo deve atuar promovendo meios que possibilite aos alunos o desenvolvimento e a solidificação de conceitos, para que sejam capazes de relacionar o conteúdo trabalhado com seus cotidianos e com suas vivências sociais, explorando sua memória e a cultura em que está inserido. Nas palavras de Brodbeck (2009):

Para que os alunos desenvolvam atitudes críticas e investigativas, é importante que o professor crie situações de aprendizagem em que eles sejam capazes de se interessar e demonstrar curiosidade pelo mundo social e natural, formulando perguntas, imaginando soluções para compreendê-lo, buscando informações e confrontando ideias. (BRODBECK, 2009, p. 21)

            Desta forma, o professor com este perfil, ao desenvolver o ensino de história, instiga os alunos a um pensar de agente histórico, desenvolvendo interações que permitam ao aluno a relação com seu mundo social, construindo sua cidadania e aprendizagem significativa.


REFERÊNCIAS:

BRODBECK, Marta de Souza Lima. O ensino de História: um processo de construção permanente. Curitiba: Módulo Editora, 2009.

sábado, 15 de outubro de 2016


CONCEITOS MATEMÁTICOS NA VIDA

Nossa vida é norteada pela matemática, datas, números de telefones, horários, prazos etc. Tudo isso está incorporado no nosso dia a dia. Resolvemos problemas e situações cotidianas utilizando conceitos matemáticos que foram desenvolvidos no decorrer da nossa vida. Com nossos alunos não é diferente. O papel da escola neste processo é contextualizar estas relações de forma interessante e próxima da realidade do aluno. É importante que se construa as aprendizagens a partir das experiências prévias dos alunos, o que construíram com as interações com o meio em que vivem e de que forma estruturaram o pensamento lógico matemático. Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997):

Os alunos trazem para a escola conhecimentos, ideias e intuições, construídos através das experiências que vivenciam em seu grupo sociocultural. Eles chegam à sala de aula com diferenciadas ferramentas básicas para, por exemplo, classificar, ordenar, quantificar e medir. Além disso, aprendem a atuar de acordo com os recursos, dependências e restrições de seu meio. (Brasil, 1997, p. 25)

Desta forma, o professor, ao conhecer o meio social dos alunos e suas experiências matemáticas, pode direcionar suas ações de intervenção para que o aluno reflita sobre sua realidade, sendo capaz de agir sobre ela.  Todo este processo encaminha a construção de relações para solucionar problemas e fortalece a capacidade crítica e intelectual dos alunos.

Assim, ensinar matemática é respeitar as experiências dos alunos, provocando questões que estimulem o pensamento lógico e a experimentação de situações que promovam novos conhecimentos.

REFERÊNCIAS:

BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: matemática. Brasília: MEC/SEF, 1997, v.3.

sábado, 8 de outubro de 2016


A CURIOSIDADE É UM COMEÇO...

A criança no seu processo de descobertas, desenvolve naturalmente o interesse pela Ciência. Com imaginação, observação e algumas suposições as crianças encontram respostas muitas vezes lógicas, mesmo sem conhecimento prévio.

Na escola, o professor precisa explorar a curiosidade natural das crianças e considerar sempre suas construções individuais para que ela possa estabelecer relações entre fatos e conceitos. Nas palavras de Piassi, Araujo (2012, p.16):

A ciência não é uma atividade isolada do mundo, nem seu conhecimento é algo de interesse puramente escolar. A ciência deve servir para que o aluno adquira uma compreensão do mundo à sua volta capaz de ajudá-lo na formação de juízos e atitudes. PIASSI, ARAUJO (2012, p. 16)

Desta forma, através do ensino de ciências, deve ser oportunizado ao aluno ferramentas para que ele desenvolva um pensamento crítico e dinâmico, capaz de estabelecer inter-relações com a natureza, o meio ambiente e seja capaz de olhar o mundo, agir sobre ele, de forma atuante e positiva. Por outro lado, entender conceitos favorece a aprendizagem de saberes práticos, onde a ciência é fundamental para compor a leitura do mundo.


REFERÊNCIAS:


PIASSI, L. P.; ARAUJO, P. T. A literatura infantil no ensino de Ciências: propostas didáticas para os anos iniciais do Ensino Fundamental. São Paulo: Edições SM, 2012.

http://www.agendalx.pt/evento/workshop-ciencia-para-criancas#.V_mBGvkrLIU (Imagem)

sábado, 1 de outubro de 2016


GEOGRAFIA: CONSTRUINDO IDENTIDADES SOCIAIS

A geografia escolar é o primeiro contato formal com a ideia de localização, espaço, cartografia etc. É importante que este contato seja construído de forma reflexiva  e significativa. O fazer pedagógico da geografia demanda criatividade e planejamento, partindo da identidade social do aluno, seu lugar no mundo, suas dúvidas e questionamentos. Nas palavras de Castrogiovanni; Costella (2015):
               
Utilizar de questionamentos que instiguem a curiosidade dos alunos, contribuindo para a construção do saber da ciência geográfica. Os questionamentos são formas de alfabetizar, são colocações diferenciadas dos conteúdos estruturadas por caminhos diferentes, são os alunos colocados em situações diferentes, que os desequilibrará, levando com isso, a situações de aprendizagem. (CASTROGIOVANNI; COSTELLA, 2015)                               

Desta forma, trabalhando a partir das incertezas e curiosidades dos alunos, a geografia se torna  mais concreta. O aluno é capaz de reconhecer seu lugar de pertencimento como parte de um todo, de um território, sendo capaz de  delimitar o espaço  em que convive para, a partir de sua realidade social, se localizar no mundo.

Então, a observação, a pesquisa, o trabalho de campo, a análise cartográfica  trazem para os estudos geográficos, o entendimento necessário para que o aluno passe a compreender as interações oportunizadas pelo espaço em que vive. É o momento da construção da identidade geográfica, onde cultura, espaço e realidade compõem conhecimentos que consistem na cidadania.


REFERÊNCIAS: