A FILOSOFIA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR
A Filosofia está presente no
nosso dia a dia, não é algo meramente teórico. A partir daí, percebemos que
convivemos com fundamentos filosóficos em todos os âmbitos da sociedade. Não é
diferente no espaço escolar, que é um espaço rico para analisarmos e discutirmos
experiências filosóficas.
Neste espaço está a peça
chave para a promoção destas experiências: o Professor. Porém, para o professor
exercer o seu papel neste processo de construção do saber, dos questionamentos
e do prazer pela reflexão, sua formação precisa proporcionar o desenvolvimento
de potencialidades para uma formação crítica e analítica das teorias
educacionais. Neste contexto, a Filosofia se torna essencial na formação do
professor, dando subsídios para ele se aprofundar na complexidade dos problemas
educacionais.
Desta forma, compreender de
forma crítica a realidade, enriquecendo a construção de uma prática reflexiva e
questionadora, é uma condição fundamental do “ser professor”. Compreendendo seu
papel na formação do aluno, sua função social e ética, o professor passa a
conhecer a si mesmo. Nas palavras de Ghedin (2005, p.141):
Conhecer
é desvendar, na intimidade do real, a intimidade de nosso próprio ser, que
cresce justamente porque a nossa ignorância vai se dissipando diante das
perguntas e respostas construídas por nós, enquanto sujeitos entregues ao
conhecimento, como dependência da compreensão de nosso ser no mundo. [...] Ao
construirmos o conhecer de um dado objeto, não é somente ele que se torna
conhecido, mas essencialmente o próprio sujeito, isto é, o conhecimento de algo
é também, simultaneamente, um autoconhecimento (2005, p. 141).
Diante disso, percebemos que
tudo está em construção, nada está pronto. Não existe nenhum pensamento estanque
sobre qualquer coisa. Precisamos sim, estar preparados para ampliar o potencial
reflexivo de nossos alunos, proporcionando experiências novas para construir um
novo conhecimento.
Portando, o papel da
filosofia está ligada à formação do Professor, para que ele desenvolva um
compromisso com a ética e com a liberdade de pensar e desenvolver suas próprias
conclusões sobre a realidade. Como afirma Freire
(2011, p. 34): “Não é possível pensar os seres humanos longe, sequer, da ética,
quanto mais fora dela”.
REFERÊNCIAS:
GHEDIN, Evandro. Professor
reflexivo: da alienação da técnica à autonomia da crítica. In: PIMENTA, Selam
Garrido; GHEDIN, Evandro (orgs). Professor
reflexivo no Brasil: gênese e crítica de um conceito. 3ª ed. São Paulo:
Cortez, 2005.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da
autonomia. 43ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2011.
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/educacao/a-importancia-ensinar-filosofia-no-ensino-medio.htm
(Imagem)
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