sexta-feira, 1 de dezembro de 2017


A FILOSOFIA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR

A Filosofia está presente no nosso dia a dia, não é algo meramente teórico. A partir daí, percebemos que convivemos com fundamentos filosóficos em todos os âmbitos da sociedade. Não é diferente no espaço escolar, que é um espaço rico para analisarmos e discutirmos experiências filosóficas.

Neste espaço está a peça chave para a promoção destas experiências: o Professor. Porém, para o professor exercer o seu papel neste processo de construção do saber, dos questionamentos e do prazer pela reflexão, sua formação precisa proporcionar o desenvolvimento de potencialidades para uma formação crítica e analítica das teorias educacionais. Neste contexto, a Filosofia se torna essencial na formação do professor, dando subsídios para ele se aprofundar na complexidade dos problemas educacionais.

Desta forma, compreender de forma crítica a realidade, enriquecendo a construção de uma prática reflexiva e questionadora, é uma condição fundamental do “ser professor”. Compreendendo seu papel na formação do aluno, sua função social e ética, o professor passa a conhecer a si mesmo. Nas palavras de Ghedin (2005, p.141):

Conhecer é desvendar, na intimidade do real, a intimidade de nosso próprio ser, que cresce justamente porque a nossa ignorância vai se dissipando diante das perguntas e respostas construídas por nós, enquanto sujeitos entregues ao conhecimento, como dependência da compreensão de nosso ser no mundo. [...] Ao construirmos o conhecer de um dado objeto, não é somente ele que se torna conhecido, mas essencialmente o próprio sujeito, isto é, o conhecimento de algo é também, simultaneamente, um autoconhecimento (2005, p. 141).

Diante disso, percebemos que tudo está em construção, nada está pronto. Não existe nenhum pensamento estanque sobre qualquer coisa. Precisamos sim, estar preparados para ampliar o potencial reflexivo de nossos alunos, proporcionando experiências novas para construir um novo conhecimento.

Portando, o papel da filosofia está ligada à formação do Professor, para que ele desenvolva um compromisso com a ética e com a liberdade de pensar e desenvolver suas próprias conclusões sobre a realidade. Como afirma Freire (2011, p. 34): “Não é possível pensar os seres humanos longe, sequer, da ética, quanto mais fora dela”.

REFERÊNCIAS:

GHEDIN, Evandro. Professor reflexivo: da alienação da técnica à autonomia da crítica. In: PIMENTA, Selam Garrido; GHEDIN, Evandro (orgs). Professor reflexivo no Brasil: gênese e crítica de um conceito. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 2005.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. 43ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2011.



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