sábado, 16 de dezembro de 2017



FINALIZANDO O SEMESTRE

Chegamos ao final de mais um semestre, cheio de aprendizagens que nos desacomodaram e nos levaram a repensar nossas estratégias, nossos métodos e caminhos para  mediar a construção do conhecimento de nossos alunos.

Na etapa final, a preparação para o Workshop, com a construção da síntese reflexiva, nos deu a visão geral de nossa caminhada. Etapas vencidas, dificuldades, falta de tempo, cansaço, situações que se tornaram degraus para que nos sentíssemos capazes de fechar um ciclo com sucesso e motivação.

Cada vez mais nossas aprendizagens no PEAD nos levam pelos  caminhos da pesquisa e da experimentação, onde encontramos desafios  que  nos possibilitam repensar nossas vivências e nossas práticas. Nas palavras de Miranda (2006, p.132)

O professor reflexivo é, pois, fundamentalmente, um professor investigador, pois ele e só ele é capaz de examinar sua prática, identificar seus problemas, formular hipóteses, questionar seus valores, observar o contexto institucional e cultural ao qual pertence, participar do desenvolvimento curricular, assumir a responsabilidade por seu desenvolvimento profissional e fortalecer as ações em grupo. (Zeichner e Liston, apud Geraldi, Messias e Guerra, apud Miranda 2006, p. 132)

Portanto, cabe a nós, alunas do PEAD, colocar em prática nossas experiências no curso para contextualizar nossas aprendizagens e assim, no dia a dia da sala de aula, valorizar as trocas com nossos alunos.

REFERÊNCIAS:

MIRANDA, Marília G. de. O Professor Pesquisador e Sua Pretensão de Resolver a Relação Entre a Teoria e a Prática na Formação de Professores. In: O Papel da pesquisa na formação e na prática dos professores. Campinas: Papirus, 5 ed, 2006.

http://gestaodoprojeto.com.br/site/destaques/descer-no-escorregador-e-o-que-nos-faz-subir-varias-vezes-a-mesma-escada/ (Imagem) 


sábado, 9 de dezembro de 2017


MÚLTIPLAS APRENDIZAGENS

Este semestre nos fez repensar nossos valores como pessoa e principalmente profissionais. Conviver com as diferenças em qualquer ambiente, para todos os envolvidos no processo, não é fácil. Mas nós professores temos um papel muito importante, pois nós é que vamos conduzir este processo em nossas salas de aula.

A interdisciplina de Seminário Integrador nos colocou no papel de observadoras e pesquisadoras da forma como nos relacionamos com as diferenças em nossa vida e de como trabalhamos com elas no cotidiano escolar. Ter um novo olhar no dia a dia da escola e reconhecer casos de preconceito não foi fácil, pois nos obrigou de certa forma a ver algo que antes eram invisíveis em nossas escolas.

Ao longo das atividades, através das pesquisas que realizamos, refletimos ao estudarmos as referências bibliográficas e estabelecermos certezas e dúvidas, o que foi consolidado pela interação com as práticas pedagógicas. Quanto à discriminação racial, tema tratado ao longo do semestre, há necessidade de uma atenção especial, visto que muitas vezes ela não é explícita no nosso cotidiano, exigindo uma abordagem reflexiva e humanizada de todos os envolvidos. Quando o professor oportuniza esta abordagem com seus alunos, ele será capaz de perceber distorções, ou seja, manifestações veladas ou não de discriminação ou preconceito com o outro. Conforme as politicas educacionais que reconhecem a diversidade étnico-racial (Brasil, 2006, p. 23):

Um olhar atento para a escola capta situações que configuram de modo expressivo atitudes racistas. Nesse espectro, de forma objetiva ou subjetiva, a educação apresenta preocupações que vão do material didático-pedagógico à formação de professores. (BRASIL, 2006, p.23).

Então, neste semestre, as relações estabelecidas entre as interdisciplinas oportunizadas pelas atividades do Seminário integrador confirmaram que a sala de aula, ou melhor, toda escola, é um espaço agregador de pessoas diversas, o que enriquece as relações e as possibilidades de aprendizagens multiculturais. 



REFERÊNCIAS:

BRASIL. Orientações e Ações para Educação das Relações Étnico-raciais. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Brasília: MEC, SECAD, 2006.


sexta-feira, 1 de dezembro de 2017


A FILOSOFIA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR

A Filosofia está presente no nosso dia a dia, não é algo meramente teórico. A partir daí, percebemos que convivemos com fundamentos filosóficos em todos os âmbitos da sociedade. Não é diferente no espaço escolar, que é um espaço rico para analisarmos e discutirmos experiências filosóficas.

Neste espaço está a peça chave para a promoção destas experiências: o Professor. Porém, para o professor exercer o seu papel neste processo de construção do saber, dos questionamentos e do prazer pela reflexão, sua formação precisa proporcionar o desenvolvimento de potencialidades para uma formação crítica e analítica das teorias educacionais. Neste contexto, a Filosofia se torna essencial na formação do professor, dando subsídios para ele se aprofundar na complexidade dos problemas educacionais.

Desta forma, compreender de forma crítica a realidade, enriquecendo a construção de uma prática reflexiva e questionadora, é uma condição fundamental do “ser professor”. Compreendendo seu papel na formação do aluno, sua função social e ética, o professor passa a conhecer a si mesmo. Nas palavras de Ghedin (2005, p.141):

Conhecer é desvendar, na intimidade do real, a intimidade de nosso próprio ser, que cresce justamente porque a nossa ignorância vai se dissipando diante das perguntas e respostas construídas por nós, enquanto sujeitos entregues ao conhecimento, como dependência da compreensão de nosso ser no mundo. [...] Ao construirmos o conhecer de um dado objeto, não é somente ele que se torna conhecido, mas essencialmente o próprio sujeito, isto é, o conhecimento de algo é também, simultaneamente, um autoconhecimento (2005, p. 141).

Diante disso, percebemos que tudo está em construção, nada está pronto. Não existe nenhum pensamento estanque sobre qualquer coisa. Precisamos sim, estar preparados para ampliar o potencial reflexivo de nossos alunos, proporcionando experiências novas para construir um novo conhecimento.

Portando, o papel da filosofia está ligada à formação do Professor, para que ele desenvolva um compromisso com a ética e com a liberdade de pensar e desenvolver suas próprias conclusões sobre a realidade. Como afirma Freire (2011, p. 34): “Não é possível pensar os seres humanos longe, sequer, da ética, quanto mais fora dela”.

REFERÊNCIAS:

GHEDIN, Evandro. Professor reflexivo: da alienação da técnica à autonomia da crítica. In: PIMENTA, Selam Garrido; GHEDIN, Evandro (orgs). Professor reflexivo no Brasil: gênese e crítica de um conceito. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 2005.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. 43ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2011.