Falando
de cor na escola
O tema das relações
étnico-raciais na escola é muito amplo, mas permite algumas aproximações, inclusive
o de como nos relacionarmos com as diferenças no ambiente escolar. Ao
refletirmos com a turma estes temas, podemos desenvolver satisfatoriamente suas
identidades, pois permitimos que se reconheçam e que abram espaço para conviver
com o novo e/ou diferente.
Através de experiências
educativas, podemos oportunizar uma formação mais tolerante nas crianças,
construindo uma cultura de paz oriunda de uma convivência multicultural. Nas
palavras de Silva (2011, p.31): “Desta
forma, vamos confirmar o que há muito aprendemos, ou seja, que ensinar e
aprender implicam convivência. O que acarreta conflitos e exige confiança,
respeito, não confundidos com mera tolerância.”
Ao falarmos em confiança, é
possível perceber nos comentários dos alunos no dia a dia da escola o quanto a
convivência diária pode criar laços de amizade que facilitam a aceitação de
todos.
Assim, todos os alunos devem
ser protagonistas de experiências
educacionais que valorizem os diversos
tipos de culturas, para que, ao debaterem seus conflitos, “a cor de pele” não
seja uma fonte de preconceito na escola, visto que há alunos com cor de pele
diferente entre eles. A cor da pele precisa ser vista como um fortalecimento da
igualdade, pois a escola com seu potencial transformador deve ser o apoio para
que o aluno construa uma justa imagem de si mesmo, com diálogo e consciência de
seu potencial.
Portanto, refletir com os
alunos sobre suas identidades, é papel da escola, já que é ela, o espaço social
que eles têm para construir o respeito às diferenças e a aceitação, tanto da
sua etnia quanto a dos outros.
REFERÊNCIAS:
SILVA, Petronilha Beatriz
Gonçalves. Aprender, ensinar e relações étnico-raciais no Brasil. In: FONSECA,
M.V.; SILVA, C.M.N. da; FERNANDES, A.B. (organizadores). Relações étnico-raciais e educação
no Brasil. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2011.
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