ATENDENDO INDIVIDUALIDADES
A Escola é o espaço da
diversidade e, por esta razão, precisa garantir o acesso de todos na sua
proposta pedagógica, apesar das dificuldades de atender em suas
individualidades.
A realidade que nos deparamos hoje,
no contexto escolar, carrega muitos alunos com dificuldades de aprendizagem, o
que demanda um esforço do setor pedagógico da Escola para subsidiar os
professores e atender as famílias, na busca de soluções conjuntas para superar
estas deficiências. A demora nos atendimentos da área da Saúde, bem como a
falta de esclarecimentos por parte das famílias retardam os processos de
diagnóstico.
Quando estudamos na Escola as
leis e orientações sobre inclusão, os professores ficam sensibilizados, mas
expressam instabilidade em atuar em uma sala de aula onde algum tipo de
deficiência é, muitas vezes, desconhecida para eles. Independente de apoio ou
orientação de setores, a responsabilidade de aprendizagem recai sobre o
professor, mesmo com escassez de subsídios (acompanhamento psicopedagógico e/ou
clínico). Sabemos que só o diagnóstico não resolve, bem como atendimentos não
contextualizados também. Nas palavras de Raad e Tunes (2011, p.26): “Na escola,
os conflitos gerados pelo fato de a criança não aprender acalmam-se e
desfazem-se com o diagnóstico, como se ele tivesse um poder mágico de resolver
todas as questões.”
As Diretrizes Curriculares
Nacionais Gerais para a Educação Básica, em seu Artigo 29, diz: “A Educação
Especial, como modalidade transversal a todos os níveis, etapas e modalidades
de ensino, é parte integrante da educação regular, devendo ser prevista no
projeto político pedagógico da unidade escolar.” Desta forma, recursos de
acessibilidade, tanto quanto os pedagógicos precisam estar previstos no projeto
político pedagógico e favorecer um ambiente escolar que promova o
desenvolvimento de todos, independente
da dificuldade de aprendizagem. Assim, cabe à escola reforçar o apoio
pedagógico aos seus professores para que eles não estejam sós nesta caminha de
superações.
Portanto, sabemos que todos têm o
direito de serem valorizados em suas subjetividades. Cada aluno, com maior ou
menor dificuldade, precisa de um olhar individualizado do professor. Em
contrapartida, cada professor precisa enfrentar o desafio diário de integrar
cada aluno, seja de inclusão ou não, e oportunizar o desenvolvimento de suas
potencialidades.
REFERÊNCIAS:
RAAD, I. L. F.; TUNES, E.
Deficiência com iatrogênese. In: MARTINEZ, A. M. ; TACCA, M. C. V.
R.(organizadoras). Possibilidades de
aprendizagem: ações pedagógicas para alunos com dificuldade e deficiência.
Campinas, SP: Editora Alínea, 2011.
Brasil. Ministério da Educação.
Secretaria de Educação Básica. Secretaria de Educação Continuada,
Alfabetização, Diversidade e Inclusão. Diretrizes
Curriculares Nacionais Gerais da Educação
Básica / Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Brasília:
MEC, SEB, DICEI, 2013.