quinta-feira, 26 de maio de 2016

SOCIAL E DIGITAL

A infância contemporânea, na era da globalização, é marcada pelos jogos eletrônicos, videogames, celulares etc. A brincadeira lúdica presencial, do toque, da organização de regras, do convívio social está ficando esquecida, ou restrita somente à escola que ainda proporciona atividades e brincadeiras lúdicas em seus recreios e em sala de aula.

O comportamento da criança está sendo influenciado diretamente pelos produtos destes meios eletrônicos, onde o virtual individualiza as ações, apesar de a diversão ser muitas vezes coletiva. Onde estão as relações sociais reais? Nas palavras de Fortuna(2014):

“[..]a cultura lúdica digital potencializaria a solidão, o isolamento e a abdicação de contatos sociais reais. Sequer é necessário recorrer a estudos científicos e à opinião de especialistas para perceber que as condições propícias para contatos sociais reais são cada vez mais raras entre as crianças de hoje, sobretudo nas grandes cidades” (FORTUNA, p.21, 2014)

A vivência do lúdico através de jogos eletrônicos pode proporcionar aprendizagem, mas não o contato pessoal. A criança que fica restrita a esta forma solitária de brincar está sendo privada da beleza das relações, do brincar na rua, andar de bicicleta, construir estradas, brincar de carrinho, atividades tão simples mas que oferecem várias formas de aprendizagem.

Portanto, cabe ao adulto oferecer à criança a cultura lúdica que proporcione a interação necessária para que ela compartilhe vivências com seus pares, adquira conhecimentos e comportamentos coletivos saudáveis. O ato de brincar também significa liberdade, com diferentes formas de interatividade, onde a criança mantém sua individualidade, independente das trocas com o outro.


REFERÊNCIAS:

FORTUNA, Tânia Ramos. Cultura lúdica e comportamento infantil na era digital. Pátio: educação infantil, Porto Alegre, ano XII, nº 40, p. 20-23, 2014.



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