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SOCIAL E DIGITAL |
A
infância contemporânea, na era da globalização, é marcada pelos
jogos eletrônicos, videogames, celulares etc. A brincadeira lúdica
presencial, do toque, da organização de regras, do convívio social
está ficando esquecida, ou restrita somente à escola que ainda
proporciona atividades e brincadeiras lúdicas em seus recreios e em
sala de aula.
O
comportamento da criança está sendo influenciado diretamente pelos
produtos destes meios eletrônicos, onde o virtual individualiza as
ações, apesar de a diversão ser muitas vezes coletiva. Onde estão
as relações sociais reais? Nas palavras de Fortuna(2014):
“[..]a cultura lúdica digital
potencializaria a solidão, o isolamento e a abdicação de contatos
sociais reais. Sequer é necessário recorrer a estudos científicos
e à opinião de especialistas para perceber que as condições
propícias para contatos sociais reais são cada vez mais raras entre
as crianças de hoje, sobretudo nas grandes cidades” (FORTUNA,
p.21, 2014)
A
vivência do lúdico através de jogos eletrônicos pode proporcionar
aprendizagem, mas não o contato pessoal. A criança que fica
restrita a esta forma solitária de brincar está sendo privada da
beleza das relações, do brincar na rua, andar de bicicleta,
construir estradas, brincar de carrinho, atividades tão simples mas
que oferecem várias formas de aprendizagem.
Portanto,
cabe ao adulto oferecer à criança a cultura lúdica que proporcione
a interação necessária para que ela compartilhe vivências com
seus pares, adquira conhecimentos e comportamentos coletivos
saudáveis. O ato de brincar também significa liberdade, com
diferentes formas de interatividade, onde a criança mantém sua
individualidade, independente das trocas com o outro.
REFERÊNCIAS:
FORTUNA, Tânia Ramos. Cultura lúdica e comportamento infantil na era digital. Pátio: educação infantil, Porto Alegre, ano XII, nº 40, p. 20-23, 2014.