sábado, 15 de dezembro de 2018




Fazendo uma retrospectiva do curso de Pedagogia (EAD), das interdisciplinas e das atividades, posso, com certeza, destacar o Portfólio de Aprendizagem, nosso conhecido “blog”, por ser ele o retrato de nossas experiências enquanto profissionais e estudantes. Revisitando minhas impressões registradas, encontrei na postagem Construção do Portfólio de Aprendizagens   registros da importância desta atividade e do desafio que seria construí-la.

No decorrer do curso, muitas vezes a escrita no Portfólio foi um momento de angústia, pelo acúmulo de atividades e dificuldade de encontrar tempo para tudo. Mas, na maioria das vezes, era um prazer escrever sobre minhas aprendizagens, que foram tão significativas quanto ao resultado de meus estudos e práticas, assim como minhas experiências profissionais. Sobre a importância de nossos estudos e registros, cito as palavras de Vasconcellos (2007,p.48):

[...]envolve conceitos, imagens, a produção de valores, ideias, deveres, direitos, visão de mundo, decifração e desvelamento da realidade, projeto, propostas. Não se trata absolutamente de uma tarefa fácil, mas, com certeza, é muito bonita! É uma das experiências mais fortes e significativas do ser humano: poder participar da formação do outro. Tudo isso pede, pois, do professor uma revisão de compreensão de sua atividade e de sua atitude profissional. (VASCONCELLOS, 2007, p.48)

São estes registros, então, que vão representando nosso perfil pedagógico e nos encaminhando para rever, estudar e reinventar nossa metodologia. O registro de nossas ações, dúvidas e vitórias nos faz refletir sobre nosso trabalho, reconstruir nossas experiências em sala de aula e desenvolver uma visão que nos possibilite compreender onde precisamos encontrar novos caminhos e revisitar outros.

Desta forma, vencer o medo de escrever, de registrar nossas ideias, é o caminho para que possamos assumir a autoria de nossos escritos e pensamentos, pois é através deles que poderemos assegurar o suporte necessário para, cada vez mais, evoluir em nossa prática.

REFERÊNCIAS:

VASCONCELLOS, C. S. Para onde vai o Professor? Resgate do Professor como sujeito de Transformação. 12a. ed. São Paulo: Libertad, 2007.


sábado, 8 de dezembro de 2018



Na realidade da sala de aula de hoje, percebemos as dificuldades que são enfrentadas em construir com os alunos uma aprendizagem matemática significativa. Fica cada vez mais evidente a necessidade de construir estratégias para escapar de uma aprendizagem mecânica.

A dificuldade de muitos alunos de progredir nesta disciplina advém, muitas vezes, da distância que o conteúdo tem do seu cotidiano. A matemática ensinada de maneira tradicional e teórica acarreta prejuízos, pois nem todos os alunos constroem o conhecimento da mesma forma, precisando de intervenções mais práticas e próximas de suas realidades.

Uma forma de trabalhar o conteúdo e as dificuldades dos alunos é oportunizar para eles atividades lúdicas. Neste contexto, os jogos matemáticos podem ser um recurso que ultrapasse as dificuldades dos alunos, fazendo com que o interesse pela dinâmica da atividade favoreça a compreensão dos conteúdos.

Sobre esta estratégia de aprendizagem, a postagem O jogo e a Aprendizagem Matemática, componente do meu portfólio de aprendizagem (blog), corrobora com este tema, ao trazer à luz a importância do jogo como recurso de aprendizagem e interação social, principalmente na disciplina de matemática. Sobre a função dos jogos no desenvolvimento da aprendizagem matemática, Borin (1996, p.53) fala:

Outro motivo para a introdução de jogos nas aulas de matemática é a possibilidade de diminuir bloqueios apresentados por muitos de nossos estudantes que temem a Matemática e sentem-se incapacitados de aprendê-la. Dentro da situação do jogo, onde é impossível uma atitude passiva e a motivação é grande, notamos que, ao mesmo tempo em que estes alunos falam Matemática, apresentam também um melhor desempenho e atitudes mais positivas frente a seus processos de aprendizagem. (BORIN, 1996, p.53).

Então, oportunizar jogos na rotina da sala de aula desperta o interesse dos alunos, pois os desafia a inventar coisas, criar estratégias, reconstruir objetos, estabelecer relações com situações reais, ou seja, é um campo fértil de aprendizagens significativas e potencialização de habilidades.

REFERÊNCIAS:

BORIN, Júlian. Jogos e resolução de problemas: uma estratégia para as aulas de matemática. 6. ed. São Paulo: IME-USP, 1996.

sábado, 1 de dezembro de 2018


A REALIDADE NA PESQUISA


Falar de ensino, é falar de pesquisa. Nós, educadores, precisamos construir nossa prática a partir de uma pesquisa, uma investigação da nossa sala de aula na escola e de nossos alunos. A nossa realidade precisa fazer parte de nossa investigação, pois é dela que iremos tirar subsídios para uma intervenção junto a nossos alunos.

É importante destacar que, enquanto professores, não podemos ser meros reprodutores de currículos prontos. Nosso trabalho em sala de aula é formativo, abrangendo aspectos políticos, sociais e afetivos. O planejamento pedagógico com base na pesquisa pode trazer uma melhor compreensão do processo de ensino e aprendizagem, deixando-nos mais preparados para conduzir os alunos na construção do saber.

Com este enfoque de reflexão, destaco a postagem Ensino e Pesquisa do meu Portfólio de Aprendizagens (blog) em que sinalizo o inquestionável valor da pesquisa no processo de ensinar. Na época desta postagem, estava nos semestres iniciais do curso de Pedagogia da UFRGS, mas já evidenciava o quanto é essencial aliar pesquisa com planejamento, visto que toda teoria precisa de uma aplicação para ser referendada. Todo este estudo acabou se tornando uma rotina agregada ao planejamento das minhas aulas, favorecendo tanto a organização do meu estágio atual quanto a compreensão das minhas ações como professora. Nas palavras de Pádua (1996, p.29):

Tomada num sentido amplo, pesquisa é toda atividade voltada para a solução de problemas; como atividade de busca, indagação, investigação, inquirição da realidade, é a atividade que vai nos permitir, no âmbito da ciência, elaborar um conhecimento, ou um conjunto de conhecimentos, que nos auxilie na compreensão desta realidade e nos oriente em nossas ações. (PÁDUA, 1996, p.29).

Desta forma, a pesquisa só nos enriquece, consolidando nosso caminho pedagógico e diversificando nossas oportunidades de crescimento profissional. Portanto, a partir do conhecimento é que podemos intervir, interagir, modificar a nossa sala de aula e a realidade de nossos alunos, estimulando sua curiosidade e desejo de aprender.

REFERÊNCIAS:

PÁDUA, Elisabete Matallo Marchesini de. Metodologia da pesquisa: abordagem teórico prática. Campinas: Papirus, 1996.