Na educação, podemos seguir
vários caminhos para entender como nossos alunos aprendem. Por isso é
importante que sejamos conhecedores dos teóricos que estudaram a psicogênese do
indivíduo, como Henri Wallon. Nas palavras de Galvão (1995, p.12):
A
fecundidade das contribuições da psicologia genética de Wallon para a educação
deve-se à perspectiva global pela qual enfoca o desenvolvimento infantil, mas
também a atitude teórica que adota. [...] Contrário a qualquer simplificação,
enfrenta a complexidade do real, procurando compreendê-la e explicá-la por uma
perspectiva dinâmica, multifacetada e extremamente original. (GALVÃO, 1995, p.12)
Nos estudos de Wallon
encontramos uma proposta de acompanhar o desenvolvimento intelectual do
indivíduo dentro de uma cultura mais humanizada, colocando todos os elementos
deste desenvolvimento no mesmo plano. Sendo assim, na teoria da psicogênese
walloniana, a pessoa é vista em sua totalidade enquanto ser biológico afetivo,
social e intelectual, sendo sempre parte integrante do meio em que está
inserida, compondo processos de socialização.
Nesta proposta dialética, o
desenvolvimento da criança acontece em sintonia com o meio, aumentando
possibilidades de aprendizagens contrapondo-se às verdades absolutas que
caracterizam a pedagogia tradicional.
Trazendo esta interpretação
para a escola, na concepção de Wallon para o desenvolvimento da criança integrada, faz-se
necessário que o processo de aprendizagem seja dialético. Desta forma, os
professores oportunizarão as condições
de aprendizagem que estimulem seus alunos e que abram canais de comunicação
entre eles. Com reformulações constantes, o desenvolvimento vai evoluindo nas
interações da criança com seu meio, de forma contextualizada a partir das suas
emoções que circulam pela escola.
REFERÊNCIAS:
GALVÃO, Izabel. Henri
Wallon: uma concepção dialética do desenvolvimento infantil. Petrópolis, RJ:
Vozes, 1995.
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