sábado, 26 de maio de 2018



Podemos relacionar a aprendizagem com a brincadeira?

Brincar é aprender. O ser humano é fundado no brincar, o que não é diferente na escola. Envolve movimentos dos alunos como interação, criatividade, simbolismo, emoção e imaginação. O professor, para fazer com que o aluno desenvolva suas potencialidades, também precisa conhecer o brincar, suas formas de comunicação, linguagem e expressão de conteúdos.

O brincar na sala de aula precisa ter seu lugar de honra, deixar de ser esquecido ou usado nos momentos em que os alunos estão ociosos. Já, a brincadeira espontânea, não pode ser vista como falta de interesse na aula, ou desafio. Quando brincam, os alunos constroem regras para que a brincadeira dê certo, desenvolvem a capacidade de se colocar no lugar do outro, justificando alguns erros que podem ter acontecido, compondo a relação com limites quando determinam espaços, regras e a forma de brincar. Ao mesmo tempo, desenvolvem a linguagem conversando entre si e trocando experiências, organizando no grupo uma ordem social. Conforme o Referencial Curricular para a Educação Infantil (Brasil, 1998, p. 23):

Brincar constitui-se, dessa forma, em uma atividade interna das crianças, baseada no desenvolvimento da imaginação e na interpretação da realidade, sem ser ilusão ou mentira. Também tornam-se autoras de seus papéis, escolhendo, elaborando e colocando em práticas suas fantasias e conhecimentos, sem a intervenção direta do adulto, podendo pensar e solucionar problemas de forma livre das pressões situacionais da realidade imediata (BRASIL, 1998, p.23).


O professor no momento da brincadeira, deve ser o mediador, motivando a criança na atividade lúdica, estimulando a participação dos alunos, podendo dirigir a brincadeira em alguns momentos, mas também oportunizar aos alunos a livre escolha para que expressem sua criatividade.

Quando a criança brinca, ela também desenvolve o simbolismo, criando situações imaginárias ou reproduzindo situações observadas do mundo dos adultos, muitas vezes, agindo corretamente ao manipular objetos, repetindo comportamentos adultos. Assim, o brincar é uma ação que transcende o lúdico, é um ato de socialização, de educação e de construção de vida.



REFERÊNCIAS:

BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Referencial curricular nacional para a educação infantil: formação pessoal e social. Brasília: MEC/SEF, v.01 e 02.1998. 



sexta-feira, 18 de maio de 2018




O processo de ensino e aprendizagem é construído a partir de um planejamento, sendo que o plano de aula é um instrumento importante neste processo. No plano, o professor tem condições de organizar os objetivos e as estratégias para obter sucesso, o que o torna imprescindível na tarefa docente. Nas palavras de Schmitz (2000, p.101):

“Qualquer atividade, para ter sucesso, necessita ser planejada. O planejamento é uma espécie de garantia dos resultados. E sendo a educação, especialmente a educação escolar, uma atividade sistemática, uma organização da situação de aprendizagem, ela necessita evidentemente de planejamento muito sério. Não se pode improvisar a educação, seja ela qual for o seu nível.” (SCHMITZ, 2000, p.101)

Precisamos considerar, enquanto professores, o plano de aula como um ato político-social, pois a autonomia dos alunos deve ser a linha norteadora do planejamento do professor. O aluno, a partir da mediação do professor, precisa ser capaz de resolver problemas, tomar decisões e estar apto a escolher qual melhor caminho a seguir.

Tanto a escola, quanto o professor, tem um papel fundamental na formação humana de seus alunos. Por isso, é tão importante que ministremos aulas com competência, baseando-as em um planejamento estruturado e de acordo com a realidade da nossa sala de aula, bem como da comunidade onde a escola está inserida.

Desta forma, o plano de aula precisa ser o aliado do professor, sinalizando o seu trabalho de forma positiva, sem amarras, dando condições a ele de analisar o desenvolvimento dos seus objetivos, incluindo a avaliação de suas ações e os resultados obtidos com seus alunos.

Portanto, Planos de Aula  devem partir das necessidades da aprendizagem,  onde sua estrutura contemple o desenvolvimento das habilidades nos alunos, dando significado e valorizando o próprio conhecimento, além da participação em sociedade.

REFERÊNCIAS:

SCHMITZ, Egídio. Fundamentos da Didática. 7ª Ed. São Leopoldo, RS: Editora Unisinos, 2000. (p. 101 a 110).


sábado, 12 de maio de 2018

Oralidade e ludicidade

O lúdico precisa fazer parte do desenvolvimento de todas as crianças. Na escola, principalmente na educação infantil, ele deve estar presente para auxiliar no desenvolvimento da aprendizagem. O brincar na escola não é passatempo, tem sua função educacional quando o professor tem como objetivo agregar valores e intenções para que a brincadeira tenha sentido pedagógico.

A escola é um espaço de convivência e troca, então proporcionar ao aluno o brincar promove a interação e construção do conhecimento de forma alegre e natural. Quando falamos em desenvolver a oralidade na educação infantil e nos anos iniciais, o professor encontra no lúdico, uma forma de desenvolver na criança, um primeiro contato com um vocabulário mais complexo. No entanto, é sempre importante destacar a importância de respeitar o tempo do aluno que, através da mediação e estímulos, irá se desenvolver. Nas palavras de Marcondes (2000, p.38):

A linguagem deve ser vista, como o modo por excelência de agirmos no mundo, isto é de interagirmos socialmente. Ela é constitutiva, tanto da realidade, quanto de nossa compreensão dos contextos sociais que participamos. (MARCONDES, 2000, p.38).

As vivências, então, são importantes, pois a criança reproduz aquilo que vivencia e conhece. Oportunizar à criança  brincadeiras com músicas, trava línguas, entre outros, constitui uma ferramenta de desenvolvimento lúdico que  leva a criança a momentos onde a fantasia e a imaginação favorecerão a compreensão do seu mundo e de sua realidade.

A partir do domínio da linguagem, a criança começa a assimilar e reproduzir suas experiências, desenvolvendo habilidades e modos de comportamento, que serão construídos no grupo. Portanto, oferecer à criança a oportunidade de interagir e explorar o mundo em vários contextos educacionais dará a ela possibilidades de ter, no desenvolvimento da linguagem, um processo prazeroso com inserção social natural e cheio de possibilidades.

REFERÊNCIAS:

MARCONDES, Danilo. Filosofia, Linguagem e Comunicação. 3ª edição. São Paulo Cortez, 2000.


sábado, 5 de maio de 2018





INOVAÇÃO PEDAGÓGICA

A necessidade de repensar nossas práticas diante das demandas que administramos hoje em nossas salas de aula nos faz refletir sobre novos caminhos. A inovação pedagógica é um deles, pois é um processo que pode ressignificar as políticas e práticas tradicionais na educação, onde professor e aluno podem interagir num contexto histórico e social, construindo novas formas de pensar a partir da ação sobre o ambiente ou meio social. Nas palavras de Rojo (2012, p.27):

Vivemos em um mundo em que se espera (empregadores, professores, cidadãos, dirigentes) que as pessoas saibam guiar suas próprias aprendizagens na direção do possível, do necessário e do desejável, que tenham autonomia e saibam buscar como e o que aprender, que tenham flexibilidade e consigam  colaborar com urbanidade. (ROJO, 2012, p.27)

A inovação é desafio, reflexão e pesquisa. O professor precisa estar sempre aberto a novas experiências, visto que nossa profissão nunca é estática. Precisamos sempre estar em processo de construção e pesquisa de práticas alternativas para que possamos atender a diversidade de nossa sala de aula.

Com a prática de pesquisa, o professor se instrumentaliza de competências para refletir sobre a realidade e/ou cultura aproveitando as ferramentas atuais que possibilitam que ele rompa paradigmas e não apenas acrescente novidades.

Portanto, mudanças qualitativas são necessárias para que possamos superar as amarras da pedagogia tradicional, buscando um novo caminho para a construção do conhecimento dos nossos alunos. É necessária, então, uma reflexão sobre nossa prática, revendo nossas necessidades e inquietações. Precisamos buscar transformar o processo de aprender e ensinar em algo prazeroso, com propostas pedagógicas inovadoras que estruturem de forma significativa o cotidiano da sala de aula.


REFERÊNCIAS:

ROJO, Roxane. Pedagogia dos multiletramentos: diversidade cultural e de linguagens na escola. In: ROJO, R.; MOURA, E. (orgs.). Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola Editorial, 2012.