DIVERSIDADE DE GÊNERO NA ESCOLA
Hoje, muitos questionamentos
sugerem o aprofundamento das reflexões de sexualidade e gênero na escola.
Quando falamos em gênero, estamos nos referindo ao aspecto social, aos
comportamentos e relações que são construídos socialmente. É a forma como nos enxergamos,
nos identificamos, em um processo de autoconhecimento, incluindo sentimentos,
emoções, intuição, criatividade, entre outros.
O ambiente escolar precisa
favorecer um diálogo aberto sobre o assunto, a fim de desmistificar quaisquer
preconceitos e diminuir tabus e distorções, para assim ser convertido em
aprendizado. Nas palavras de Carrara (2009,p.14):
[...} a escola precisa estar sempre
preparada para apresentar não uma verdade absoluta, mas sim uma reflexão que
possibilite aos alunos e às alunas compreenderem as implicações éticas e
políticas de diferentes posições sobre o tema e construírem sua própria opinião
nesse debate. A ideia de que educação não é doutrinação talvez valha aqui mais
do que em qualquer outro campo, pois estaremos lidando com valores sociais muito
arraigados e fundamentais.(CARRARA, 2009,p.14)
Como na escola o processo de
socialização se dá entre meninos e meninas, a abordagem das relações de gênero
precisa considerar que existem outras formas de expressão da sexualidade, e que
a forma de cada um expressá-la é única. É preciso, então, dar sentido ao
processo de desenvolvimento individual do aluno, promovendo vínculos de
identificação entre as pessoas, possibilitando interações positivas e
aprendizagens significativas. De acordo com Carrara (2009,p.33):
Espera-se,
portanto, que uma prática educativa de enfrentamento das desigualdades e
valorização da diversidade vá além, seja capaz de promover diálogos, a
convivência e o engajamento na promoção da igualdade. (CARRARA, 2009,p.33)
Portanto, com olhar humanizado,
o professor em seu convívio diário com os alunos, precisa desenvolver uma
escuta neutra para, a partir das dúvidas e questionamentos, trazer respostas
para a compreensão de conceitos, ideias, mitos, tabus, entre outros. Assim, a
compreensão da diversidade que se manifesta nas relações sociais, analisadas
pela dimensão da sexualidade e gênero é a base para superar preconceitos e
práticas discriminatórias.
REFERÊNCIAS:
CARRARA, Sérgio. Educação,
Diferença, Diversidade e Desigualdade. In:Gênero e diversidade na escola:
formação de professoras/es em Gênero, Orientação Sexual e Relações
Étnico-Raciais. Livro de conteúdo. Versão 2009. – Rio de Janeiro : CEPESC;
Brasília : SPM, 2009.
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