sábado, 24 de setembro de 2016


ACIMA DAS PARTES, SOMOS UM TODO

Sempre que falamos em Educação, pensamos em escolas, conteúdos e programas a executar. Como se para aprender algo precisássemos sempre de um modelo institucional ou um método pedagógico evidenciado. No entanto, somos seres complexos, que vivemos e interagimos uns com os outros, onde o saber pensar se alinha com o conhecimento relevante para a vida. É neste contexto que a aprendizagem deve seguir, buscando construir um significado que garanta sua finalidade. Nas palavras de Demo (2000, p.152):

A complexidade humana aponta para dimensões essenciais que a racionalidade desprezou, como emoção, intuição, sabedoria, bom senso, indicando que o progresso material precisa ser complementado, pelo desenvolvimento da alma, do espírito e da ética. Não há nada de esotérico nisso. Apenas buscamos entender o ser humano em sua integralidade. (DEMO, 2000, p. 152)

Assim, ter conhecimento pode servir para ter cuidado, uns com os outros e com a vida. Somos um misto de concreto e de abstrato, e nossas ações traçam caminhos de exemplos para os outros, principalmente se somos professores e a educação é nossa prática e nosso meio de vida.

Portanto, são vários caminhos, verdades e intenções. Não existe uma fórmula, um método ou um roteiro específico para educar o ser humano. Todas as disciplinas, todas as sabedorias, todas as experiências de vida podem contribuir para dar uma visão holística ao indivíduo e permitir escolhas mais condizentes com sua realidade.

REFERÊNCIAS:

DEMO, Pedro. Conhecer & Aprender: sabedoria dos limites e desafios. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016



LER MAIS!

Como desenvolvemos o prazer de ler? Lendo assuntos que nos interessam? Lendo notícias da atualidade? Talvez. Mas com certeza, para se ter o gosto pela leitura é importante iniciar pelo que nos dá prazer, nos encanta, desperta nosso interesse e absorve nossa atenção.
Ler também pode se tornar um hábito, que pode ser inserido em nossas vidas com disciplina e organização. Desta forma, ele fará parte da nossa rotina como qualquer atividade que fazemos em nosso dia a dia.
Muitas são as vantagens que adquirimos ao desenvolver o hábito de ler. Uma delas é enriquecer o nosso vocabulário, trazendo para a nossa vida mais informação e conhecimento. Porém, para que o prazer de ler seja instituído em nossa rotina, não se tornando algo enfadonho e obrigatório, é importante que enquanto construímos o hábito da leitura, se desenvolva também a sua necessidade, de se ler o que se gosta, tornando esta prática prazerosa e especial. A partir daí já se estabeleceu o vínculo, ou seja, o livro já faz parte da nossa vida e nos prepara para nos aventurarmos em outro tipo de leitura que muitas vezes se faz necessária na nossa rotina de estudos ou de trabalho.
A partir deste passo, podemos subir mais um degrau, o de escritores, pois a escrita de qualidade parte de um bom leitor. Construir um texto argumentativo, reflexivo e bem estruturado é o caminho de quem se dedica à leitura, à interpretação e à síntese das informações que adquire através da leitura.
Portanto, o ato de ler nos torna questionadores, mais concentrados e capazes de estabelecer relações que qualifiquem o nosso olhar perante o mundo.


REFERÊNCIAS:


quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Falando de Inclusão...

A escola é um local de transformação e conhecimento e deve estar preparada para proporcionar ao aluno um ambiente inclusivo. A partir daí surge a questão: Quem será incluído? Na verdade todos que fazem parte do ambiente escolar precisam ser incluídos, pertencer a um grupo e ter seu espaço garantido.
Cada aluno é um mundo, com sua individualidade e suas peculiaridades, onde a forma de aprender é uma delas. Aprender requer envolvimento e dedicação tanto dos aprendizes quanto dos ensinantes. Porém o professor precisa identificar que tipo de apoio e orientação o aluno precisa, criar caminhos alternativos se for necessário, oportunizando ao aluno condições e ferramentas adequadas para construir aprendizagens significativas. Contudo o professor também tem suas necessidades e precisa de uma orientação formal, trabalhar em equipe, poder questionar e demonstrar suas angústias, estar ciente das políticas públicas que apoiam e sinalizam seu trabalho.
Desta forma, a escola precisa estar preparada em todos os âmbitos para ser inclusiva de verdade, com um currículo forte e que contemple a todos. Segundo Valdez (2014, p.19):

Desenvolver culturas inclusivas supõe a criação de uma comunidade escolar segura, acolhedora, colaborativa e estimulante, em que cada um seja valorizado como o fundamento primordial, de modo que todos os alunos obtenham ganhos maiores. Supõe desenvolver valores inclusivos, compartilhados por todos os professores, alunos e famílias, de maneira que sejam transmitidos a todos os novos membros da comunidade escolar. (VALDEZ, 2014, p.19)

Portanto, inclusão real e efetiva requer práticas inclusivas que façam parte do dia a dia da escola, envolvendo a todos os membros da comunidade escolar. Estas práticas precisam refletir a cultura do respeito à diversidade e das experiências e aprendizagens prévias de cada um, fortalecendo a identidade do aluno como protagonista de sua aprendizagem. Também deve refletir um projeto de ensino que tenha como objetivo fortalecer a ideia de que todos são diferentes, ou seja as diferenças e as necessidades de cada aluno precisam ser respeitadas.



REFERÊNCIAS:

VALDEZ, Daniel. É preciso desenvolver culturas inclusivas. Revista Pátio. Porto Alegre, Ano VI, nº 22, p. 18-21, 2014.



sábado, 3 de setembro de 2016


ESTUDAR

Iniciar mais uma etapa de estudos, sempre nos leva a pensar o porque de estarmos ali. Porque encaramos dificuldades, falta de tempo, reorganização da rotina etc. No final das dúvidas vem sempre a certeza: a vocação de ser professor.

Ser professor requer muito estudo e dedicação. Estudar faz parte da rotina do professor que tem como objetivo construir com seu aluno um caminho de aprendizado e pesquisa, que perpassa pela descoberta da importância do estudo. É importante que o professor esteja capacitado para ligar com as diferentes formas de construir a aprendizagem em sala de aula. Portanto, a atividade da docência precisa se basear em uma ação reflexiva e de estudo. Sobre o ofício de ensinante,  Freire (1997) fala:

Esta atividade exige que sua preparação, sua capacitação, sua formação se tornem processos permanentes. Sua experiência docente, se bem percebida e bem vivida, vai deixando claro que ele requer formação permanente do ensinante. Formação que se funda na análise crítica de sua prática. Partamos da experiência de aprender, de conhecer, por parte de quem se prepara para a tarefa docente, que envolve necessariamente estudar. (FREIRE, 1997)

Desta forma, estudar, se preparar sempre, além de auxiliar no dia a dia da sala de aula, nos desafios que o Professor enfrenta, qualifica o seu trabalho, agregando a sua carreira profissional  mais identidade e valorização.

Assim, o professor que se qualifica, procurando estar sempre a frente de seu tempo, tem condições de refletir sobre sua prática profissional e ressignificá-la se necessário para se adaptar às mudanças constantes no campo educacional da nossa  sociedade, fazendo de sua prática uma ferramenta de transformação, que oportunize  aos alunos uma reflexão crítica do mundo, desenvolvendo habilidades capazes de compreender e solucionar problemas de seu cotidiano.


Referências:

Freire, Paulo. Professora sim, tia não. Cartas a quem ousa ensinar. São Paulo, 1997. Editora Olho d´água.