ACIMA DAS PARTES, SOMOS UM TODO
Sempre que falamos em Educação,
pensamos em escolas, conteúdos e programas a executar. Como se para aprender
algo precisássemos sempre de um modelo institucional ou um método pedagógico
evidenciado. No entanto, somos seres complexos, que vivemos e interagimos uns
com os outros, onde o saber pensar se alinha com o conhecimento relevante para
a vida. É neste contexto que a aprendizagem deve seguir, buscando construir um
significado que garanta sua finalidade. Nas palavras de Demo (2000, p.152):
A complexidade humana aponta para
dimensões essenciais que a racionalidade desprezou, como emoção, intuição,
sabedoria, bom senso, indicando que o progresso material precisa ser
complementado, pelo desenvolvimento da alma, do espírito e da ética. Não há nada
de esotérico nisso. Apenas buscamos entender o ser humano em sua integralidade.
(DEMO, 2000, p. 152)
Assim, ter conhecimento pode
servir para ter cuidado, uns com os outros e com a vida. Somos um misto de
concreto e de abstrato, e nossas ações traçam caminhos de exemplos para os
outros, principalmente se somos professores e a educação é nossa prática e
nosso meio de vida.
Portanto, são vários caminhos,
verdades e intenções. Não existe uma fórmula, um método ou um roteiro específico
para educar o ser humano. Todas as disciplinas, todas as sabedorias, todas as
experiências de vida podem contribuir para dar uma visão holística ao indivíduo
e permitir escolhas mais condizentes com sua realidade.
REFERÊNCIAS:
DEMO, Pedro. Conhecer & Aprender: sabedoria dos limites e desafios. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.