Com
a intenção de repensar aprendizagens, revisitar escritas e pensamentos, o Portfólio
de Aprendizagens é um instrumento que nos dá subsídios para que possamos
avaliar nossa evolução enquanto profissional da educação.
Em
um dos meus registros, com o título Aprendizagem
na Convivência, de abril de
2017, destaquei a importância da convivência como troca de experiências e emoções
e que, de forma significativa, elas fazem parte da construção do sujeito e do
seu processo de aprendizagem.
Valorizando
esta interação “professor e aluno” ao longo do curso, acredito cada vez mais
que o diálogo estabelecido na sala de aula nos dá a real possibilidade de
mudança de nossa prática educativa, tornando-a capaz de mobilizar os alunos a
refletirem sobre si e sobre o mundo. Sobre a prática dialógica, Paulo Freire
(2007, p.91) destaca:
[...],
o diálogo é uma exigência existencial. E, se ele é o encontro em que se
solidarizam o refletir e o agir de seus sujeitos endereçados ao mundo a ser
transformado e humanizado, não pode reduzir-se a um ato de depositar ideias de
um sujeito no outro, nem tampouco tornar-se simples troca de ideias a serem
consumidas pelos permutantes. (FREIRE, 2007, p. 91).
O
diálogo, então, além de ser partilhado de forma democrática e epistêmica deve
também ser generoso e afetivo valorizando as pessoas e suas opiniões, dando
suporte para que todos os indivíduos envolvidos neste processo sejam capazes de
modificar suas realidades.
Então,
revendo minha escrita, percebi que minhas convicções em relação a importância
da convivência e do diálogo com afeto e participação coletiva, se fortaleceram
ao longo do curso. Hoje me sinto muito mais preparada para fazer com que este
diálogo “professor e aluno” seja capaz de estabelecer relações significativas e
com uma construção mútua de saberes.
REFERÊNCIAS:
PAULO, FREIRE. Pedagogia da autonomia. 36. ed. São Paulo:
Paz e Terra, 2007.