Conselho de classe
participativo é um momento de reflexão, onde professores e alunos se encontram para
exporem, com um diálogo aberto, as dificuldades ou os progressos apresentados
ao longo do período de avaliação. O conselho de classe, para cumprir seu real
papel de análise de um processo educativo, precisa ser participativo para, a
partir da opinião de todos, rever as práticas e as relações pedagógicas. Se for
necessário, poderá redimensionar o caminho,
de forma coletiva e democrática. De
acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997):
A
relação educativa é uma relação política, por isso a questão da democracia se
apresenta para a escola da mesma forma que se apresenta para a sociedade. Essa
relação se define na vivência da escolaridade em sua forma mais ampla, desde
a estrutura escolar, em como a escola se
insere e se relaciona com a comunidade, nas relações entre os trabalhadores da
escola, na distribuição de responsabilidades e poder decisório, nas relações
entre professor aluno, na relação com o conhecimento. (BRASIL, 1997,p.26).
Assim, é através das
relações na escola que o ambiente social se estabelece e exige, ao mesmo tempo,
encontros para alinhar as ideias e socializar as decisões. Em um debate,
precisamos do coletivo para refletir como um todo, pois professores e alunos
são parte de uma teia educativa e todos podem ter voz ativa para contribuir na qualificação
da aprendizagem.
É importante, também, que no
conselho de classe não se reforce um
debate que estimule tensões e conflitos, é sabido que este momento traz para os
professores uma inquietação, devido a possibilidade de enfrentamento. Porém,
para que o conselho de classe possa caminhar para seu real propósito de melhorar
a qualidade da educação na escola, é preciso uma conscientização de todos os
segmentos que participam deste processo, tornando-o um espaço de reflexão, onde ocorra
a troca de percepções e informações sobre o desempenho do professor e do aluno,
e uma busca conjunta de soluções para problemas
da sala de aula.
Neste momento de reflexão,
os atores do processo precisam ter seu momento de escuta, ou seja, professores,
alunos, gestores, pais, todos devem ter um espaço para falar e serem escutados,
de forma que suas palavras sejam interpretadas como relatos reais do cotidiano
escolar, sendo analisadas e respaldadas pelo projeto político pedagógico,
documento que embasa as ações da escola.
REFERÊNCIAS:
BRASIL.
Parâmetros curriculares nacionais: apresentação dos temas transversais, ética.
Brasília: MEC/SEF, 1997, v.8.