sábado, 23 de julho de 2016

Ambiente Educativo



A escola é um ambiente educativo, espaço de ensino, aprendizagem e vivência de valores. Proporcionar ao aluno um ambiente organizado, e  agradável. de respeito e valorização dos educandos e educadores é o primeiro passo para que ocorram práticas educativas que promovam a valorização da identidade e autonomia do educando. Conforme os Indicadores de Qualidade na Educação (2007):

No ambiente educativo, o respeito, a alegria, a amizade e a solidariedade, a disciplina, a negociação, o combate à discriminação e o exercício dos direitos e deveres são práticas que garantem a socialização e a convivência, desenvolvem e fortalecem a noção de cidadania e de igualdade entre todos.

Para que este ambiente educativo se efetive é preciso o envolvimento de toda a comunidade escolar neste propósito educativo. Cada aluno é uma individualidade,  com sua bagagem social e cultural que precisa ser administrada e adaptada no ambiente educacional proporcionado pela escola, que tem como sua base sólida seu  projeto pedagógico, que é a expressão  máxima de sua autonomia e identificação com o meio onde está inserida, carregada de aspectos culturais e sociais de sua comunidade.

Portanto, construir um ambiente educativo ideal não é uma receita pronta. Cada escola tem suas especificidades, sua forma de administrar e encontrar o melhor caminho,  que seja sempre democrático, respeitando a diversidade de talentos, necessidades e problemas presentes na sua comunidade escolar dando assim condições para que a educação de qualidade se estabeleça e construa significados na vida das pessoas que convivem neste ambiente educativo.

REFERÊNCIAS:

Indicadores de qualidade na educação/Ação Educativa, Unicef, Pnud, INEP, Seb/MEC (coordenadores)- São Paulo:Ação Educativa, 2007, 3ª edição ampliada.

sábado, 16 de julho de 2016


O erro e o acerto na avaliação

Construir novos enfoques e instrumentos para avaliação denotam múltiplos desafios. A avaliação vai além dos processos educativos, mas indiscutivelmente é uma preocupação constante para educandos e educadores, pois muitas vezes é um instrumento de poder e exclusão na rotina escolar. Neste sentido, uma nova visão precisa ser dada à avaliação. Estamos falando da visão que entende a aprendizagem participativa como o caminho mais curto na construção do conhecimento. Esta construção se dará com mais autonomia com o redimensionamento do “erro” no processo. O erro deve ser visto como o caminho para o acerto. Para que seja valorizado este processo é importante que se fuja dos rótulos e padrões avaliativos, oferecendo ao aluno condições de demonstrar as lacunas de sua aprendizagem através de uma avaliação de caráter diagnóstico e não punitivo,  considerando o certo e o errado como uma construção do aluno, verificando se são capazes de inter-relacionar a informação. Nas palavras de Puig (2014, p. 21):
 
Deve-se começar considerando o erro como algo normal em todo processo de aprendizagem e que se aprende a partir dele. Se não são cometidos erros é porque a atividade realizada era muito fácil, ou porque as respostas foram copiadas dos colegas ou do livro didático.[...] A avaliação é o motor da aprendizagem. Se ela não mudar nada muda.

A análise das atividades realizadas pelos alunos deve ser feita, não para valorizar o erro mas para que dúvidas sejam discutidas, questões revistas e ocorra uma reavaliação por parte do professor de seu instrumento de avaliação.

Assim, a valorização do erro e a exaltação do acerto como estratégia punitiva gera ansiedade nos alunos, muitas vezes transformando o clima da sala de aula, que deveria ser de alegria e contentamento, em um clima de angústia e vergonha, afastando a avaliação de seu objetivo principal, de ser participativa e promotora.

Portanto, o erro precisa ser visto como um acontecimento que se insere no processo do aprender e, como tal, deve ser apreciado como um promotor do conhecimento, um instrumento que demonstra para o professor aquilo que não foi aprendido. Através do erro, será possível identificar a origem das lacunas da aprendizagem deste educando, representando o primeiro passo para a sua superação.


REFERÊNCIAS:

PUIG, Neus Sanmartí. O motor da aprendizagem. Revista Pátio. Porto Alegre, Ano VI, nº 23, p. 18-21, 2014.


sábado, 9 de julho de 2016


Literatura Infantil:
 um universo de ideias

A literatura infantil é um mundo artístico que enriquece e amplia horizontes no universo de ideias do pequeno leitor. Neste contexto, o exercício da leitura não é passivo. A criança, ao ler, relaciona fatos e vivências, dando sentido às interpretações. Transita, então, no campo da expressão humana sobre a sociedade em que vive e se posiciona em seu meio social.

Aprender a ler e utilizar-se da literatura como veículo de informação e lazer promove a formação de um indivíduo mais capaz de argumentar, de interagir com o mundo que o rodeia e tornar-se agente de modificações na sociedade em que vive. (GREGORIN FILHO, 2009, p. 51)


Assim, cada vez mais a produção literária para as crianças vem buscando superar a necessidade de ser usada apenas como recurso pedagógico. Também pode funcionar como lúdico e como libertador, pois a criança pode reelaborar seus sentimentos e emoções, como no caso dos “Contos de Fadas” ou refletir sobre suas ações, como no caso das fábulas.
Claro que toda leitura necessita de envolvimento. Desta forma, é preciso que as ofertas sejam diversificadas e adequadas para as concepções atuais de educação. Portanto, os educadores devem estar atentos para aproveitar obras motivadoras e voltadas para o desenvolvimento da imaginação da criança, proporcionando a formação de indivíduos mais adaptados a viver em sociedade.


REFERÊNCIAS:

GREGORIN FILHO, José Nicolau. Literatura infantil: múltiplas linguagens na formação de leitores. São Paulo: Editora Melhoramentos, 2009, p. 51.

sábado, 2 de julho de 2016

JOGOS E APRENDIZAGEM

O jogo é um recurso que estimula várias inteligências, oferecendo ao aluno a oportunidade de participar efetivamente das atividades propostas, que passam a ser realizadas de forma significativa. O jogo também proporciona ao professor a oportunidade de trabalhar valores éticos e morais quando desenvolve com o grupo o respeito às regras, ao outro e à noção de coletividade, onde dependemos do grupo para avançar.

A construção da aprendizagem precisa sair das representações convencionais.  Outros instrumentos precisam ser inseridos neste processo para que o trabalho pedagógico tenha um enfoque mais criativo e inovador. O jogo contempla estas características a partir do momento que criar situações onde o aluno desenvolva suas habilidades sociais e cognitivas. Nas palavras de Boruchovitch e Gomes (2004, p.93): “Para ser útil no processo educacional, o jogo deverá representar algo interessante e desafiador para o indivíduo, isto é, permitir a autoavaliação quanto ao próprio desempenho, o que leva à construção de autonomia.”

O envolvimento concreto do aluno em um jogo transforma o mesmo em um protagonista na construção de seu conhecimento, com autonomia para percorrer os caminhos dos processos pedagógicos, desbloqueando as resistências que possa ter nas atividades oferecidas em sala de aula.

O jogo em sua essência é diversão e aprendizagem. São possibilidades de vivências desafiadoras, estimuladas pela expectativa de que algo novo possa se estabelecer.  Em cada experiência lúdica, a vida se torna mais significativa e, se o jogo for coletivo, novos laços sociais podem  ser constituídos.


REFERÊNCIAS:
BORUCHOVITCH, E. ; GOMES, M.A.M. Aprendizagem por meio de jogos: uma abordagem cognitivista. In:  ______ ; BZUNECK, J.A. (org.) Aprendizagem: processos psicológicos e o contexto social na escola. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004.