sábado, 23 de maio de 2015

Narrativa Digital



 O curso de Pedagogia me fez dar um mergulho na realidade da escola em que atuo profissionalmente. A percepção da escola sob um novo olhar, o olhar de pesquisa foi uma linguagem diferente de convivência nos espaços escolares em que transito diariamente. Rever seus conceitos, documentações e organização social me  forneceu dados para a construção do Retrato da Escola. Considero esta atividade como um marco para o início formal de minhas novas construções e desafios pedagógicos. 

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Conhecendo minha escola


Minha escola se localiza na zona rural do município de Gravataí/RS. Fica no bairro Morro Agudo e somos privilegiados de estar inseridos em meio a uma paisagem linda, que nos remete tranquilidade e paz. Minha escola é assim, gigante em sua beleza e na sua efervescência de pessoas, culturas e realidades.



Um pouco da minha história

           Minha história profissional se iniciou na infância. Sou a sexta filha de sete irmãos (4 irmãs e 2 irmãos). Minha mãe foi professora de 2ª série por 25 anos na rede estadual de ensino,  por esta razão sempre fomos estimuladas a ler e escrever muito cedo. Com 5 anos já escola estava alfabetizada. Ingressei na escola aos 6 anos, na mesma escola que minha mãe trabalhava. Como já sabia ler e escrever minha professora me orientava a ajudar os colegas de classe. A partir daí, minha brincadeira preferida na infância era de professora da minha irmã mais nova e das crianças da vizinhança. O fato da minha mãe ser professora influenciou todas as filhas, pois seguiram esta carreira. Quando entrei na adolescência, não queria seguir esta profissão.Segui outros caminhos, mas cursei Matemática na Faculdade, por gostar muito desta disciplina, acabei me encontrando nesta profissão ajudando colegas na faculdade, ministrando aulas particulares e finalmente lecionando na Rede Municipal de Ensino  de Gravataí no ano de 2004, na disciplina de matemática para alunos de 6º ao 9º ano.
O início foi difícil, lembro até hoje da minha insegurança ao iniciar a aula e de como as coisas fluem naturalmente quando estamos seguros do conteúdo dado.
Meus três primeiros anos de magistério foram em escolas diferentes, pois estava em contrato emergencial. Nesta escolas não tive muito acesso as documentações formais, meu trabalho era realizado de acordo com o plano de conteúdos que me foi passado.
No meu quarto ano de trabalho fui nomeada na escola em que trabalho até hoje, há 11 anos. Esta escola, de realidade rural, muito diferente da realidade em que eu estava acostumada, pois só havia trabalhado em escolas urbanas até então. Encontrei um quadro de muita dificuldade de aprendizagem nos meus alunos. Percebi que precisava pesquisar e construir um plano de trabalho que resgatasse estes alunos. Nesta fase procurei me interar com os documentos formais da escola, para ter uma diretriz de que forma poderia traçar minhas metas de trabalho.
A partir daí retomei o ensino de matemática na forma de material concreto, construí jogos com os alunos de forma a valorizar suas capacidades, atraindo a atenção dos alunos pude diagnosticar suas dificuldades  e oportunizar atividades mais direcionadas e desta forma na maioria dos casos percebi avanços significativos. Como acompanhei os alunos nos anos seguintes pude constatar se minha forma de trabalhar havia contribuindo para estes avanços.
No ano de 2009 me  afastei da sala de aula para assumir o cargo de direção da escola, no qual fiquei por 6 anos. Neste período direcionei meu olhar para o Projeto Político-Pedagógico da escola desenvolvendo junto com os professores uma reflexão sobre o mesmo e uma construção coletiva para superar as dificuldades dos alunos. Percebi que houve um crescimento conjunto em que os alunos e professores buscaram na integração dos projetos a motivação necessária para a construção da aprendizagem.
Neste   ano de 2015, estou retomando a meu trabalho como professora e vice-diretora com novos desafios.